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Número de votantes até subiu, mas abstenção foi a mais elevada de sempre
Em Portugal, foram 3.312.579 os portugueses a depositar o respetivo voto nas urnas, um aumento de mais de 50 mil face a 2014. Mesmo assim, a taxa de abstenção atingiu um novo recorde por via do grande aumento de inscritos no estrangeiro.
Os apelos do Presidente da República e dos partidos à participação eleitoral nas europeias deste domingo não surtiram grande efeito.
A taxa de abstenção foi a mais elevada de sempre em eleições europeias, isto apesar do número de votantes até ter aumentado.
Numa altura em que já foram apurados os resultados de todas as freguesias, os dados oficiais mostram que o número de votantes totalizou 3.312.579, o que traduz uma abstenção de 68,6%.
Esta é a taxa mais elevada de sempre em europeias. O anterior recorde tinha sido fixado nas últimas eleições de 2014, com 66,16%.
Ainda assim, comparando o número de votantes, os resultados deste ano não foram os piores de sempre. Em 2014, foram às urnas menos 53.662 votantes e, em 1994, o número total foi ainda inferior (3.044.001).
Já se temia uma subida da abstenção para níveis recorde, refletindo sobretudo o aumento do número de inscritos decorrente do recenseamento automático dos eleitores residentes no estrangeiro.
Os eleitores com capacidade eleitoral ativa são no total 10.761.156, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481.
É este acréscimo de 1.064.675 eleitores face a 2014 que explica a subida da taxa de abstenção apesar da subida do número de votantes.