Notícia
Pedro Nuno diz que "vitória do PS e derrota da AD não é irrelevante"
O Partido Socialista teve uma vitória muito reduzida sobre a AD, ficando com mais lugar no Parlamento Europeu que a coligação que está no Governo. Eleições na Europa ficam marcadas pela ascensão da extrema direita. Leia aqui os momentos mais relevantes do dia.
- Chega à frente dos Liberais elege mais um eurodeputado
- António Costa defende que presidente do Conselho deverá ser socialista
- IL tem "ambição" para eleger além de Cotrim
- Macron anuncia dissolução da Assembleia Nacional e convoca eleições
- Projeções dão reforço ao PPE. Socialistas seguram 2.º lugar
- Bloco espera eleger Catarina Martins
- Sondagem da Intercampus: PS à frente da AD com vitória tangencial
- PS e AD colados na maioria das projeções. Batalha entre IL e Chega pelo terceiro lugar
- Chega assume que resultado para as europeias não era o esperado
- Pedro Nuno Santos: “Far-se-á sempre uma leitura nacional”
- Temido: voto em mobilidade “pensado pelo anterior Governo teve resultado interessante”
- Montenegro: Demissão "não está em cima da mesa"
- Bugalho diz não ter discurso escrito
- União Nacional de Marine Le Pen vence em França
- Abstenção caiu face a eleições de 2019
- Eleições europeias 2024
- Olaf Scholz enfrenta derrota histórica nas europeias
- Extrema-direita vence na Áustria
- CNE entende que temido pode ter feito propaganda em dia de eleições
- Marcelo elogia voto em mobilidade e realça que participação já superou 2019
- Von der Leyen: "Vamos construir um bastião contra os extremos. Vamos detê-los"
- Le Pen: "Estamos prontos para exercer o poder”
- PAN assume derrota nas europeias após projeções
- CDU saúda quem votou na coligação e espera por resultados finais
- Ondas de choque das europeias: primeiro-ministro belga sai de cena
- Primeiros resultados: PS e AD com 5 mandatos cada
- Partido de Giorgia Meloni à frente nas projeções
- PS e AD com seis deputados cada - atualização
- Em Espanha, PP fica à frente do PSOE de Sánchez
- PPE reforça no Parlamento Europeu. Nova projeção mantém socialistas em segundo
- Órban com resultado pouco animador na Hungria
- Bloco consegue eleger, garante cabeça de lista Catarina Martins
- CDU também elege para o Parlamento Europeu, anuncia João Oliveira
- Centenas saem à rua em França e protestam contra vitória da extrema-direita
- Luís Montenegro assume derrota: "Não cumprimos o objetivo"
- Resultados fechados: PS à frente da AD com 8 mandatos
- Luís Montenegro desfaz tabu e dá apoio a Costa para o Conselho Europeu
- Cotrim: "IL mostra que é possível combater a desesperança e o voto de protesto estéril"
- Pedro Nuno: "Esta vitória do PS e derrota da AD não é irrelevante no plano nacional"
- PS ganha em 11 dos 18 distritos
- PAN diz que lugar estava perdido desde 2020
- Ventura assume responsabilidade pelos resultados do Chega
- Rui Tavares assume derrota em “noite triste” do Livre
O ex-primeiro-ministro António Costa considerou este domingo que os resultados das projeções europeias indicam que os socialistas deverão liderar o Conselho Europeu, mas salientou que a escolha depende dos atuais governos.
Para cargos europeus "há sempre uma extensa lista de ex-primeiros-ministros excelentes. Há uma pequena diferença é que os que estão em exercício são os que estão à volta da mesa [para escolher os nomes] e isso faz tudo uma grande diferença", afirmou, na CMTV António Costa, evitando responder se está disponível para um cargo europeu.
"Há sempre muitas hipóteses. Há cinco anos, quando entrámos para o Conselho [Europeu], a senhora Von der Leyen não era um nome que fosse referido para nenhum dos lugares", recordou o antigo governante.
"Por isso vamos ver", limitou-se a dizer António Costa, explicando que, na próxima semana, o Conselho Europeu deve reunir-se para discutir os nomes para os cargos, tendo em conta as eleições europeias deste fim de semana.
No seu entender, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, "tem todas as condições para ser reeleita", porque o "PPE vai continuar a ser a primeira força" e "nenhum dos grupos da extrema-direita consegue ultrapassar os liberais" no Parlamento.
"Eu diria que a presidente da Comissão Europeia será do PPE e o Conselho Europeu dos socialistas", comentou António Costa, considerando ainda que o "Parlamento Europeu há-de rodar entre os socialistas e os liberais" ou "entre o PPE e os liberais".
"Estes resultados europeus são muito interessantes", afirmou Costa, salientando que o crescimento da extrema-direita não coloca em causa a estabilidade do sistema europeu de partidos
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"Aquilo que é muito claro é que entre o PPE [Partido Popular Europeu, centro-direita], socialistas e liberais há uma maioria clara", o que assegura uma "perspetiva de estabilidade em relação à orientação da política europeia", afirmou António Costa, que comentou a possível subida da Iniciativa Liberal, em Portugal, no quadro global.
"Sempre disse que um deputado da IL valeria mais que três deputados do Chega", porque este partido pertence a um "grupo político que está fora do consenso europeu".
O ex-primeiro-ministro tem sido um dos nomes mais falados para suceder ao belga Charles Michel que está de saída.
Ao início da noite, António Costa afirmou que se as projeções se confirmarem, trata-se de uma vitória do PS, o "que significa que desde as autárquicas de 2013 ganhou todas as eleições menos o empate técnico que teve nas últimas legislativas".
Costa, que está a comentar a noite eleitoral na CMTV, sublinha ainda que as projeções que colocam o Chega em quarto lugar mostram que o resultado que o partido de André Ventura obteve nas legislativas foi conjuntural.
"Foi um voto de protesto. O protesto foi feito e agora as pessoas regressaram à abstenção ou ao seu voto mais tradicional".
Negócios com Lusa
O vice-presidente da Iniciativa Liberal (IL) agradeceu este domingo a maior participação dos portugueses nestas eleições europeias face a 2019 e elogiou o voto em mobilidade que espera que se mantenha noutros atos eleitorais. E mostrou confiança num bom resultado do partido.
"Estamos bastante confiantes. O objetivo é um eurodeputado [João Cotrim Figueiredo]. Mas temos ambição de mais", afirmou Bernardo Blanco aos jornalistas.
"A Iniciativa Liberal quer em primeiro lugar agradecer a todos os portugueses que votaram nestas eleições, uma participação maior do que nas últimas europeias, embora um pouco menor do que nas últimas legislativas", afirmou Bernardo Blanco nas antigas oficinas do Metropolitano de Lisboa, no Lumiar, em Lisboa, local onde decorre a noite eleitoral da IL.
Numa reação às projeções televisivas sobre a abstenção - que apontam para uma taxa entre 58,6% e 64,5% em território nacional - o deputado na Assembleia da República agradeceu ainda a todos os portugueses que estiveram nas mesas de voto porque permitiram que o voto em mobilidade, modelo que foi implementado pela primeira vez nestas eleições, fosse um sucesso.
"Durante estas duas semanas apelamos a esse voto em mobilidade porque a tecnologia deve estar também ao serviço da democracia", frisou.
Quanto mais fácil for votar mais fácil será também ter maior liberdade política, considerou.
Bernardo Blanco espera ainda que "daqui para a frente" seja possível ter o voto em mobilidade em todos os atos eleitorais.
Além disso, o vice-presidente da IL assumiu estar "bastante confiante num bom resultado". "O objetivo é um eurodeputado, temos ambição de ter mais do que isso, esperamos ter mais do que isso", concluiu.
Negócios com Lusa
O presidente francês Emmanuel Macron anuncia a dissolução da Assembleia Nacional e convocou eleições legislativas para 30 de junho e 7 de julho
O resultado do seu partido, reconheceu, "não é um bom resultado para os partidos que defendem a Europa".
"Os partidos de extrema-direita, que nos últimos anos se opuseram a tantos avanços possibilitados pela nossa Europa, (...) estão a progredir em todo o continente", lamentou o Chefe de Estado após a publicação das primeiras projeções das eleições europeias.
Macron foi taxativo: "Não posso, portanto, no final deste dia, fingir que nada aconteceu. Esta situação é agravada pela febre que tomou conta do debate público e parlamentar no nosso país nos últimos anos".
"É por isso que, após ter efetuado as consultas previstas no artigo 12.º da nossa Constituição, decidi devolver-vos a escolha do nosso futuro parlamentar através do voto", acrescentou.
"Dentro de alguns instantes, assinarei o decreto de convocação das eleições legislativas, que se realizarão a 30 de junho, para a primeira volta, e a 7 de julho, para a segunda volta", acrescentou Macron.
"A ascensão dos nacionalistas, dos demagogos, é um perigo para a nossa nação, mas também para a nossa Europa, para o lugar da França na Europa e no mundo", continuou o Chefe de Estado francês, dizendo ter "confiança na nossa democracia; que a palavra seja dada ao povo soberano".
A União Nacional (RN, na sigla em francês) de Marine Le Pen, terá vencido as eleições europeias em França, com 31,5% dos votos, mais do dobro da coligação do presidente Emmaneul Macron, que aparece empatada com a lista de centro-esquerda, com 15%, segundo uma estimativa da IPSOS, divulgada ao início da noite deste domingo.
A RN terá obtido mais votos do que o segundo e o terceiro classificados juntos. Os Verdes franceses e o partido nacionalista Reconquista apresentam ambos cerca de 5% - que é o limiar mínimo em França para eleger deputados ao Parlamento Europeu.
O Socialistas & Democratas segura a segunda posição, com 133 assentos (menos 11 do que nas últimas eleições).
Em terceiro lugar surge o Grupo Renew Europe (Aliança Liberais e Democratas pela Europa) com 82 lugares, o que representa menos 20 deputados do que há cinco anos.
Segue-se o Conservadore e Reformistas Europeus, com 70 (mais seis) e o Identidade e Democracia - de Le Pen - com 60 (menos quatro).
O líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, manifestoueste domingo confiança na eleição da cabeça de lista ao Parlamento Europeu, Catarina Martins, considerando que "as mentiras da extrema-direita são umas das grandes derrotadas da noite".
"[Catarina Martins] foi sem sombra de dúvida a candidata mais esclarecida e mais combativa da esquerda portuguesa e estamos certos de que no final desta noite iremos com ela celebrar a sua eleição como eurodeputada", afirmou Fabian Figueiredo, no Fórum Lisboa, local escolhido pelos bloquistas para acompanhar os resultados das eleições europeias.
Depois de terem sido conhecidas as primeiras projeções, que dão ao BE a possibilidade de eleger Catarina Martins como eurodeputada ou nenhum lugar no Parlamento Europeu, o dirigente bloquista manifestou confiança.
"Fomos para estas eleições para marcar a diferença, para liderar o combate à esquerda e esse objetivo foi mais do que cumprido. Se em Portugal derrotámos a narrativa da direita sobre imigração isso deveu-se à forma assertiva, combativa, tranquila com que a Catarina dirigiu todos e cada um dos debates. As mentiras da extrema-direita são uma das grandes derrotadas desta noite eleitoral", defendeu.
Minutos antes desta reação, o fundador do BE Francisco Louçã chegou ao Fórum Lisboa e considerou que "este é um momento decisivo para a Europa" que "merecia que mais gente tivesse votado".
"Eu acho que a Europa vive uma esquina muito difícil. Temos uma guerra na Europa. Temos o principal governo europeu [Alemanha] a financiar a apoiar a enviar armas para um massacre para um genocídio, há uma perda de sentido dos direitos humanos em algumas das mais importantes famílias políticas europeias e acho que isso é ameaçador para aquilo que é a história da Europa, a história da dignidade, direitos humanos, da abertura de democracia, de tolerância, de integração. E isso talvez seja um sinal mais preocupante desta noite", considerou.
Lusa
A projeção da Intercampus para CMTV e Jornal de Negócios coloca o PS à frente da AD, mas de forma tangencial. Os resultados colocam os socialistas com 30,2% dos votos, surgindo a AD logo atrás com 29,9%.
Na sondagem da Intercampus, os dois partidos ficam empatados em número e deputados, elegendo entre 6 e 8 parlamentares.
A IL surge como a terceira força política, chegando aos 10,3% dos votos. Já o Chega de André Ventura perde fôlego e aparece como o quarto partido mais votado, com 9,5%.
A sondagem da Intercampus dá entre 1 e 3 deputados à IL, mesmo intervalo estimado para o Chega.
BE e Livre estão próximos: 4,6% e 4,5% dos votos, de acordo com a Intercampus, o que daria até um deputado a cada um dos partidos.
A CDU, com 3,8% dos votos, teria um deputado, de acordo com a projeção da Intercampus. O PAN, com 1,3% não elegeria ninguém para o Parlamento Europeu. Já o ADN alcança 1,4% dos votos na projeção da Intercampus.
Portugal elege 21 eurodeputados num total de 720 parlamentares.
Ficha técnica
Sondagem Intercampus para a CM/CMTV/Jornal Negócios, realizada no dia 09 de junho de 2024, com o objetivo de identificar o resultado da votação nas eleições para o Parlamento Europeu. Universo constituído por eleitores que participaram no ato eleitoral, com recolha através de simulação de voto em urna, a amostra é constituída por 19.052 entrevistas, recolhidas em 20 freguesias de Portugal Continental. O erro de amostragem para um intervalo de confiança de 95% é de mais ou menos 0,71 p.p. Os resultados da projeção são diretamente obtidos a partir de uma sondagem realizada pela Intercampus.
Eis as projeções da RTP, SIC e TVI para as eleições europeias de 2024: PS e AD estão taco a taco nas diferentes projeções das televisões.
Há também um confronto para se definir qual será a terceira força política, com a possibilidade de a Iniciativa Liberal ficar à frente do Chega, que cai significativamente face às legislativas de março passado.
CESOP/UCP - RTP
PS - 28%-34% - 6 a 8 mandatos
PSD - 28% - 33% - 6 a 8 mandatos
IL - 8% - 12% - 2 a 3 mandatos
Chega - 8% - 12% - 2 a 3 mandatos
BE - 3% - 5% - 0 a 1 mandatos
L - 3% - 5% - 0 a 1 mandatos
CDU - 3% - 5% - 0 a 1 mandatos
PAN - 1% - 2% - 0 mandatos
ADN - 1% - 2% - 0 mandatos
IPESP/Duplimétrica - TVI/CNN
PS - 27,7%-33,7% - 6 a 8 mandatos
AD - 26% - 32% - 6 a 8 mandatos
IL - 8,3% - 12,3% - 1 a 3 mandatos
CH- 6,6% a 12,6% - 1 a 3 mandatos
BE - 3% a 7% - 0 a 1 mandato
L - 2,5% a 6,5% - 0 a 1 mandato
CDU - 2% a 6% - 0 a 1 mandato
ISCTE/SIC
PS - 29,2% a 33,6% - entre 7 e 8 mandatos
AD - 28,4% a 32,8% - entre 7 e 8 mandatos
IL - 8,1% a 11,5% - entre 2 e 3 mandatos
Chega - 7,5% a 10,9% - entre 2 e 3 mandatos
Livre - 2,9% a 5,9% - entre 0 e 1 mandatos
BE - 2,8% a 5,8% - entre 0 e 1 mandatos
CDU - 2,8% a 5,8% - entre 0 e 1 deputados
PAN - 0,4% a 2,0% - 0 deputados
"Não era o resultado que nós queríamos , mas a noite vai ser muito longa, apenas às 22:00 teremos dados mais aproximados", afirmou o deputado e líder da bancada parlamentar do Chega Pedro Pinto, na sede da campanha.
O partido liderado por André ventura escolheu para cabeça de lista o diplomata António Tânger Corrêa. De acordo com as projeções, o Chega poderá eleger até 3 deputados para o Parlamento Europeu.
Pedro Pinto tentou conter os resultados mais pessimistas afirmando que "a Europa também voltou à direita", dando o exemplo de "França, Áustria, mas também bons resultados em Espanha". "Vamos estar tranquilos, vamos aguardar com serenidade", afirmou o deputado.
Pocuo depois, foi o próprio Ventura que reconheceu o resultado "ficou aquém da expectativa", mas afirmou que era preciso "esperar até ao fim para ver quantos deputados elegemos".
Questionado sobre se a sua liderança sobreviveria a uma derrota, Pedro Nuno Santos começou por dizer que "se me fazem essa pergunta a mim, também têm de fazer ao primeiro-ministro", afirmou, acrescentando que "far-se-á sempre uma leitura nacional" dos resultados do sufrágio.
"Leitura que não posso fazer porque não conheço os resultados. Tenho de esperar", disse.
Questionada pelos jornalistas à entrada do Hotel Altis, o tradicional quartel-general socialista em noites eleitorais, a cabeça de lista do PS afirmou que a medida "prova que a resposta que tinha sido pensada pelo anterior Governo para uma situação excecional de coincidência com um calendário específico teve um resultado interessante".
Luís Montenegro fez questão de primeiro "prestar uma profunda homenagem e gratidão a toda máquina eleitoral" que permitiu a desmaterialização dos cadernos eleitorais e o voto em mobilidade.
Perante a insistência na pergunta se um resultado negativo face aos socialistas ditaria a demissão, Montenegro foi taxativo. Em tom visivelmente irritado, afirmou que "isso é mesmo para rir".
"Está a inisstir na mesma pergunta, isso não está em cima da mesa e essa pergunta não faz sentido", rematou.
Antes de ter afastado essa questão, Montenegro tinha reconhecido que o voto em mobilidade com desmaterialização dos cadernos eleitorais "era uma opção arriscada, mas que valeu a pena".
O cabeça de lista da AD às europeias, Sebastião Bugalho, disse ainda não ter escrito nenhum discurso para a noite eleitoral e assegurou que irá "continuar sorridente".
Pouco antes das 19:00, à chegada ao hotel junto ao Marquês de Pombal (em Lisboa), onde a AD (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) vai acompanhar a noite eleitoral, Bugalho disse estar satisfeito com a indicação de uma menor abstenção nestas eleições.
"Olho com satisfação por saber que os portugueses estão a participar num ato eleitoral que defende os portugueses na Europa e que é fundamental para o seu futuro", afirmou.
O cabeça de lista da AD chegou sorridente, "com o mesmo sorriso desta manhã", e questionado se já escreveu algum discurso de vitória ou derrota, respondeu negativamente.
"Ainda não escrevi nenhum discurso, posso dizer que estou sorridente e vou continuar sorridente", afirmou.
Bugalho disse não ter razões para estar nervoso, mas para "estar orgulhoso" da campanha, do programa e da equipa que a AD apresentou a estas eleições europeias.
"Estando a decorrer ainda o ato eleitoral, não vou fazer campanha por respeito aos portugueses, mas desejo a todos uma ótima tarde e certamente falaremos daqui a pouco", afirmou.
Pelas 18:30, tinha chegado o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, que não quis prestar declarações aos jornalistas antes de as urnas fecharem.
"Os portugueses ainda estão a votar e nós somos daqueles que respeitamos o ato eleitoral ate ao fim", afirmou.
O líder do CDS-PP e ministro da Defesa, Nuno Melo, chegou antes das 18:00 e disse que "a expectativa é de vencer as eleições".
Lusa
A RN terá obtido mais votos do que o segundo e o terceiro classificados juntos. Os Verdes franceses e o partido nacionalista Reconquista apresentam ambos cerca de 5% - que é o limiar mínimo em França para eleger deputados ao Parlamento Europeu.
Se este resultado se confirmar, é uma dura derrota para Macron que já enfrenta um parlamento sem maioria.
Até às 19h00, hora a que as urnas encerraram em Portugal, tinham votado 36,44% dos eleitores no território nacional. O número coloca a abstenção nos 63,56%, ligeiramente abaixo dos 64,68% de 2019.
A redução da abstenção surge num ano em que os cadernos eleitorais foram desmaterializados, o que permitiu aos eleitores poderem votar em qualquer ponto do país, em mobilidade.
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro podem votar nestas eleições para o Parlamento Europeu, em que Portugal irá eleger 21 eurodeputados.
Concorrem a estas eleições 17 partidos e coligações: AD (PSD/CDS-PP/PPM), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
Acompanhe em direto
Os social-democratas do SPD, partido do chanceler alemão Olaf Scholz, terão registado uma derrota histórica nas eleições europeias deste domingo, avança a Bloomberg citando a ARD, uma cadeia de rádio e televisão germânica.
O partido de Scholz não terá conseguido melhor do que o terceiro lugar, atrás da coligação CDU/CSU e do partido de extrema direita AfD, alcançando assim a pior derrota de sempre da sua história.
Segundo a ARD, a aliança CDU/CSU deverá ter uma vitória confortável com 29,5% dos votos, a AfD terá alcançado 16,5% e o SPD ficou-se pelos 14%, abaixo dos 15,8% obtidos nas últimas eleições europeias.
O Partido da Liberdade (FPO), de extrema direita, terá vencido as eleições europeias na Áustria, avança o espanhol El País, citando projeções feitas por órgãos de comunicação social do país do centro europeu.
O FPO terá obtido cerca de 27% dos votos, 10 pontos acima da última votação. A confirmarem-se estes números, será a primeira vez que a extrema-direita austríaca ultrapassa os restantes partidos a nível nacional, escreve o periódico.
O OVP, partido democrata-cristão que está à frente do Governo, terá sofrido uma queda de 11 pontos percentuais, ficando com 23,5% e disputando o segundo lugar com os sociais-democratas do SPO, que terá 23%.
A Comissão Nacional de Eleições deliberou que uma parte das declarações de Marta Temido feitas na manhã deste domingo pode ser considerada propaganda e por isso apelou aos órgãos de comunicação social que não reproduzam essas palavras.
Em causa estão afirmações da cabeça de lista do PS proferidas esta manhã que levaram a uma dupla queixa, diz ao Negócios o presidente da CNE.
"A queixa foi participada pelo PSD e por uma cidadã, invocando que as declarações podiam ser propaganda em dia de eleição", explica Fernando Anastácio.
"Analisámos as declarações que passaram nalguns órgãos e havia de facto uma parte que podia ser lida como sendo um apelo ao voto de quem estava a prestar as declarações", afirmou o responsável, concluindo que "foi deliberado notificar os órgãos de comunicação social no sentido para não passarem essas declarações".
O Negócios não reproduziu as declarações em causa.
Quanto ao ato eleitoral, Anastácio considera que "está a correr normalmente. A manhã correu muito bem. Houve de facto um período em que o sistema esteve mais lento e houve algum atraso nalgumas mesas mas nunca deixou de funcionar. Essas situações foram resolvidas. Está a correr tudo dentro da normalidade", sublinha.
O presidente da CNE reconhece ainda que "todos temos a perceção que a afluência está a ser superior" à das últimas eleições.
O Presidente da República elogiou o voto em mobilidade, considerando que contribuiu para aumentar a participação nestas eleições europeias e realçando que já superou a de 2019.
Em declarações aos jornalistas em Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, durante as comemorações do Dia de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que tinha acabado saber, cerca das 16h00, que nestas eleições em Portugal já se ultrapassou a votação nas europeias de há cinco anos.
"Chegou-me agora a notícia, provavelmente já ultrapassámos há mais tempo: batemos 2019. Estamos a melhorar em termos de qualidade da democracia em Portugal", congratulou-se.
Segundo o chefe de Estado, a possibilidade de votar em mobilidade, em qualquer ponto do país, "foi fundamental, ajudou e as pessoas reagiram", ao "descobrir que podem votar mesmo fora de casa e sem a mínima dificuldade".
O Presidente da República, que falava no fim de um almoço em que também esteve a ministra da Administração Interna, contou que perguntou a Margarida Blasco "como é que é possível, eventualmente, pensar no mesmo esquema para outras eleições", mas que a ministra lhe respondeu, "com razão, que é mais difícil".
Interrogado se estava a propor uma revisão da lei eleitoral, respondeu: "Não, não, porque tem de se ver bem exatamente como é que se faria, porque aí é mais difícil".
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que nas eleições para o Parlamento Europeu "é mais fácil, porque, verdadeiramente, como é um só círculo, todos os votos entram no mesmo cesto", mas que em eleições com vários círculos, em que é preciso repartir os votos, "é mais difícil montar a máquina e é mais difícil fazer esse tipo de mobilidade".
"Agora, que tem funcionado otimamente, tem, e as preocupações com problemas no sistema não tinham razão de ser", acrescentou.
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro podem votar nestas eleições para o Parlamento Europeu, em que Portugal irá eleger 21 eurodeputados.
Concorrem a estas eleições 17 partidos e coligações: AD (PSD/CDS-PP/PPM), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
A atual presidente da Comissão Europeia e recandidata ao cargo afirmou este domingo que os membros do Partido Popular Europeu (PPE)que vão proteger a UE contra o avanço da extrema-direita na Europa.
"Hoje é um bom dia para o PPE. Ganhámos as eleições europeias, meus amigos. Somos o partido mais forte, somos a âncora da estabilidade. Juntamente com outros, vamos construir um bastião contra os extremos da esquerda e da direita. Vamos detê-los", disse Ursula von der Leyen num discurso em alemão.
Von der Leyen afirmou ainda que a vitória do PPE no hemiciclo europeu significa que este será o melhor contraponto à marcha do populismo.
Já Manfred Weber, presidente do Partido Popular Europeu, a afirmou que "a preocupação era que chegassem ao Parlamento Europeu muitos políticos que quisessem destruir a Europa".
"As pessoas sabem que a esquerda não está a dar resposta às suas preocupações. Nós estamos a cumprir as nossas obrigações em matéria de migração, de crescimento económico e de manutenção da paz na Europa e na União Europeia. É isso que estamos a oferecer e é por isso que o PPE é o melhor método contra a extrema-direita na Europa", sublinhou.
"Estamos prestes a formar uma nova maioria para a França: apelo ao povo francês para que se junte", destacou a dirigente do partido de extrema-direita francês União Nacional (Rassemblement National).
"Esta eleição histórica mostra que, quando o povo vota, o povo ganha", disse Marine Le Pen num discurso após o anúncio dos resultados das eleições europeias, que colocaram a União Nacional (RN, na sigla em francês) de Marine Le PenRN na frente nas eleições europeias deste domingo.
"O Presidente da República, respondendo ao apelo de Jordan Bardella, acaba de anunciar a dissolução da Assembleia Nacional, o regresso do povo às urnas", declarou Le Pen.
Depois das eleições legislativas de 2022, que designaram a União Nacional (RN) como principal opositor parlamentar, estas eleições europeias confirmam o nosso movimento como a principal força de mudança em França", afirmou. "Estamos prontos para exercer o poder", vincou, apelando ao povo francês para que apoie os candidatos do seu partido nos dias 30 de junho e 7 de julho, nas eleições legislativas para as quais o público em geral foi convidado.
O dirigente PAN Ernesto Morais lamentou hoje a possibilidade de o partido não eleger qualquer eurodeputado, após a divulgação das projeções dos resultados eleitorais, dando quase como adquirida a derrota de Pedro Fidalgo Marques.
"Não estamos satisfeitos com a não eleição do Pedro Fidalgo Marques ao Parlamento Europeu e, portanto, nós gostaríamos de muito repor a verdade e repor a eleição de Pedro Fidalgo Marques, mas não foi possível", salientou Ernesto Morais no quartel-general do partido para a noite eleitoral, no Teatro Thalia, em Lisboa.
O membro da Comissão Política Permanente do PAN lembrou a perda de mandato com a saída de Francisco Guerreiro, eleito eurodeputado em 2019, referindo que o partido gostaria recuperar esse lugar.
"Não tivemos a confiança dos eleitores. Vamos continuar a trabalhar nas causas que representamos quer na Assembleia da República, quer nas assembleias regionais da Madeira e dos Açores, onde estamos presentes, e nossos autarcas com uma proximidade maior junto das pessoas", afirmou.
Ernesto Morais reiterou que o PAN é a "única força política" que representa os animais e a natureza.
"Sentimos alguma tristeza na nossa não eleição. Agradecemos o voto de quem votou em nós e vamos continuar a trabalhar nestas causas, porque o PAN é o único partido que poderia defender esta voz [pela natureza e pelos animais] no Parlamento [Europeu]", frisou.
As projeções para os resultados das eleições para o Parlamento Europeu divulgadas pela RTP, SIC e TVI/CNN dão um empate técnico entre o PS e a AD - Aliança Democrática e colocam o PAN fora do Parlamento Europeu.
De acordo com a sondagem realizada pelo CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a RTP, o PS e a AD ficam empatados, estando os socialistas com um intervalo entre 28% e 34% dos votos, obtendo seis a oito deputados, e a coligação com um resultado entre 28% e 33%, também com seis a oito mandatos.
A mesma projeção com base numa sondagem à boca de urna dá também empate entre a Iniciativa Liberal (IL) e o Chega, com 8% a 12% dos votos, podendo eleger entre dois a três eurodeputados.
A sondagem dá ainda um empate entre o Livre, Bloco de Esquerda (BE) e a CDU, com 3% a 5% dos votos, o que corresponde a intervalo entre zero e um mandato, enquanto o PAN e o ADN não elegem qualquer deputado.
Em 2019, Francisco Guerreiro foi o cabeça de lista do PAN e único eleito desta força política nas europeias, as primeiras em que o partido obteve representação em Bruxelas (com cerca de 5% dos votos).
No ano seguinte, o eurodeputado anunciou a sua saída do PAN por "divergências políticas" com a direção do partido, mantendo-se no Parlamento Europeu como independente.
Lusa
A CDU saudou hoje quem votou na coligação "num contexto muito difícil", salientando que a possível eleição de um eurodeputado garantiria uma voz em Estrasburgo na defesa dos interesses nacionais, mas ressalvou que ainda está "tudo em aberto".
Em declarações à imprensa num hotel lisboeta onde está a decorrer a noite eleitoral da CDU, o membro do Comité Central do PCP Vasco Cardoso salientou que as projeções ainda são incertas, "até porque o método eleitoral se alterou ligeiramente, o que não permite fazer uma aferição tão rigorosa como noutros momentos".
No entanto, caso se confirme a eleição de um eurodeputado da CDU, Vasco Cardoso considerou que isso "seria a garantia de que haverá no Parlamento Europeu uma voz, em muitos aspetos única, na defesa dos interesses nacionais, da paz, dos direitos dos trabalhadores". "Isso é o mais importante neste momento", disse.
Questionado se, caso a CDU não consiga eleger dois eurodeputados, a coligação considera que isso seria uma derrota, Vasco Cardoso respondeu: "Eu creio que nós precisamos de ainda ir até ao fim da noite para perceber exatamente como é que são os resultados".
No entanto, o membro do Comité Central do PCP destacou a possível eleição de um eurodeputado da CDU num "contexto particularmente difícil".
Vasco Cardoso referiu que a coligação "não cedeu em função desta ou daquela vantagem eleitoral para deixar de dizer as coisas como elas são", em particular no que se refere à "dependência externa, as consequências da guerra ou o processo de integração europeia que está em confronto com as necessidades de desenvolvimento do país".
O dirigente do PCP quis ainda saudar aqueles que, "num momento particularmente exigente, tiveram a determinação e a coragem de dar o seu voto à CDU, e a determinação para a exigência de melhores salários, pensões, direito à saúde, à habitação".
Tiveram coragem "de, com o seu voto, dar força àqueles que denunciam aquilo que é uma crescente dependência externa, a corrida aos armamentos, a corrida no sentido de uma confrontação que pensamos que é inaceitável e, ao mesmo tempo, a coragem de defender a soberania nacional", acrescentou.
Questionado sobre como é que vê o crescimento da extrema-direita em toda a Europa, Vasco Cardoso manifestou preocupação, considerando que se trata de "um momento muito difícil e exigente".
"Eu diria que essa dinâmica que está a ser desenvolvida, diria até promovida e projetada, e tem também o outro lado da moeda: as forças mais consequentes, mais patrióticas, mais defensoras da paz, mais vinculadas aos interesses dos trabalhadores (…) são atacadas, de uma forma muitas vezes não lisonjeira", disse.
O dirigente comunista referiu, contudo, que a vida mostra que "há avanços e recuos, mas desde que haja uma determinação muito clara em estar sempre ao lado dos trabalhadores, do povo e do país, mais cedo do que tarde isso produz também resultados".
Lusa
"Para nós foi uma noite particularmente difícil, perdemos. A partir de amanhã, serei um primeiro-ministro demissionário", disse o líder dos liberais e democratas flamengos num comício. "A partir de amanhã, serei um primeiro-ministro demissionário".
O Open VLD obteve 5,7 por cento, segundo as projeções tornadas pública, o que representa uma descida de de 2,8 pontos percentuais em relação ao resultado de 2019.
De Croo permanecerá como primeiro-ministro interino até que um novo governo seja estabelecido. "Estou convencido de que precisamos de um novo governo rapidamente, com plenos poderes", acrescentou. "O sinal dos eleitores é claro", rematou.
A AD, cujo cabeça de lista foi Sebastião Bugalho, alcançou 31,85% e 5 mandatos.
A terceira força política com mais votos, até agora, é o Chega com 9,83% dos votos e um eurodeputado já eleito, o seu cabeça de lista António Tânger Correia.
A Iniciativa Liberal surge logo de seguida, com 8,59% dos votos apurados e o cabeça de lista, Cotrim Figueiredo, eleito.
O BE surge com 4,07%, a CDU com 3,97%, o Livre com 3,50%.
Portugal elege 21 eurodeputados num total de 720. Neste momento, estão 12 mandatos atribuídos.
A primeira-ministra Meloni tinha afirmado que as eleições deste domingo seria um teste ao seu mandato, um ano e meio depois de ter assumido o poder.
A campanha do partido Irmãos de Itália foi altamente personalizada e centrada na própria Meloni, chegando mesmo a pedir aos eleitores que "escrevessem apenas Giorgia" nos seus boletins de voto.
O Partido Democrático, de esquerda, ficou em segundo lugar, com 21,5 a 25,5% dos votos, segundo as primeiras projeções.
Novos números com 98,4% % dos votos apurados: o PS e Marta Temido mantém ligeira vantagem com 5 eurodeputados eleitos e 32,17% dos votos.
A AD, cujo cabeça de lista foi Sebastião Bugalho, regista 31,4% e também 6mandatos.
O Chega mantém-se, até agora, como a terceira força política com 9,82% dos votos e um eurodeputado já eleito, o seu cabeça de lista António Tânger Correia.
A Iniciativa Liberal aparece com 8,92% dos votos apurados e o cabeça de lista, Cotrim Figueiredo, eleito.
Portugal elege 21 eurodeputados num total de 720. Neste momento, estão 12 mandatos atribuídos.
O partido de extrema-direita Vox é a terceira força política no país e cresce nos resultados, passando de 3 eurodeputados em 2019 para o dobro.
O partido SALF (Acabou-se a Festa), de Alvise Pérez, confirmou a entrada em Estrasbrugo, elegendo três eurodpeutados, liderado pelo agitador Alvise Pérez. Sumar entra com três assentos.
Já o Podemos recuou para apenas dois eurodeputados, enquanto o Ciudadanos, que se tornou a terceira força política em 2019, desaparece do Parlamento Europeu.
Os dados foram atualizados com informação referente a 22 países da União Europeia, pouco antes das 22.30, hora de Lisboa. Os resultados ainda são provisórios, mas apontam para um clara vitória dos conservadores do PPE.
Os socialistas (S&D) conseguem segurar o terceiro lugar entre as famílias europeias, conseguindo 135 lugares no hemiciclo de Estrasburgo, mas perde nove eurodeputados comparando com as europeias de 2019. Face aos dados que tinham sido divulgados ao início da noite, o grupo Identidade e Democracia (ID), onde estão algumas das forças de extrema-direita, tem agora menos dois mandatos e menos seis do que há cinco anos.
Consulte a nova distribuição provisória de mandatos no PE, com atualização às 22:28.
Aliás, segundo o Le Monde, Orban arrisca um dos piores resultados em eleições europeias desde que chegou ao poder, em 2010.
O grande revés surge pelo crescimento do partido Tisza, fundado por Peter Magyar, um antigo membro do governo de Orbán que entrou em dissidência com o partido Fidesz. Poderá alcançar cerca de 31% dos votos, um nível recorde para um partido de oposição a Orban.
Ainda sem os resultados fechados, mas já com quase 65% dos votos aputados, o partido de Orban somava 11 mandatos e o do dissidente Magyar alcançava sete.
A indicação, que ainda carece de informação oficial, acaba com a dúvida sobre a eleição de eurodeputados à esquerda do Partido Socialista. De acordo com os dados oficiais, o Bloco consegue 4,24% dos votos, faltando ainda apurar três freguesias.
No discurso em que anunciou a eleição, Catarina Martins deixou "algumas garantias", a começar pelo pacto das migrações que a bloquista diz que "não aceita". A ex-líder do BE afirmou que "não aceitaremos nenhum recuo nas liberdades e direitos das mulheres", prometendo uma "Europa e um país da igualdade".
E prometeu deixar várias lutas: "do clima, do salário, da habitação, por uma vida boa em Portugal e na Europa", comprometendo-se a encontrar "alianças mais vastas possíveis".
No final, Catarina Martins deixou os parabéns a Marta Temido pela vitória.
A indicação foi dada esta noite pelo cabeça de lista, João Oliveira, ainda antes de conhecidos os resultados oficiais. Com uma freguesia para apurar a CDU tem 4,12% dos votos.
O país segue agora para eleições, com o Presidente francês a dissolver a Assembleia nacional (cãmara baixa do parlamento francês) convocar eleições para os dia 30 de junho - primeira volta - e 7 de julho - segunda volta.
A União Nacional (RN, na sigla em francês) de Marine Le Pen, venceu as eleições europeias em França, com 31,5% dos votos, mais do dobro da coligação do presidente Emmanuel Macron, que aparece empatada com a lista de centro-esquerda, com 15%, segundo uma estimativa da IPSOS, divulgada ao início da noite deste domingo.
A RN terá obtido mais votos do que o segundo e o terceiro classificados juntos. Os Verdes franceses e o partido nacionalista Reconquista apresentam ambos cerca de 5% - que é o limiar mínimo em França para eleger deputados ao Parlamento Europeu.
"Quando há eleições cada força política tem os seus objeticos: os da AD é ter mais um voto de qualquer outro partido e quero assumir que não cumprimos o objetivo", reconheceu Montenegro.
O líder da AD e primeiro-ministro indicou que já tinha felicitado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, bem como a cabeça de lista, Marta Temido.
Dirigindo-se ao cabeça de lista, Luís Montenegro agradeceu ao candidato escolhido: "Sebastião Bugalho, disseste que estavas orgulhoso. Nós estamos orgulhosos e reconhecidos pela campanha que conseguiste fazer", considerando que a campanha da AD "foi extraordinária na defesa dos valores de sempre: da paz, dos direitos fundamentais, da prosperidade económica."
Foram cerca de 38.500 os votos que separaram socialistas da coligação que está no Governo.
Apesar da vitória, há quatro anos o PS tinha conseguido eleger 9 europdeutados, tendo agora perdido um assento em Estrasburgo. Já os sociais-democratas tinham conseguido eleger em 2019 seis deputados, a que se junta um do CDS-PP.
O Chega manteve-se como terceira força política neste ato eleitoral, alcançando 9,8% e elegendo dois deputados ao Parlamento Europeu.
A Iniciativa Liberal (IL) ficou próxima, elegendo também 2 eurodeputados, mas registando 9,05% dos votos.
Os dois partidos ficaram separados por pouco mais de 28 mil votos e ambos elegem pela primeira vez para o Parlamento Europeu.
O Bloco alcançou 4,24% e a CDU 4,12%, ambos elegendo apenas um deputados e perdendo assentos face às europeias de 2019.
O Livre não conseguiu assegurar nenhum mandato e o PAN perdeu o lugar que tinha em Estrasburgo.
(Em atualização já com resultados oficiais)
"Se António Costa for candidato a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão, como farão tudo para que essa candidatura tenha sucesso", afirmou Montenegro depois de conhecidos os resultados das eleições europeias.
Questionado se tal apoio depende da resolução do processo judicial em que o ex-primeiro-ministro viu o seu nome envolvido, respondeu: "Se o dr. António Costa for candidato – e quem vai decidir se é candidato é ele e a sua família política – a nossa decisão está tomada".
Montenegro salientou que o PPE "é o vencedor das eleições a nível dos 27 Estados-membros da União Europeia", pelo que "é expectável que principais famílias políticas europeias" possam acertar a distribuição dos cargos mais relevantes das instituições europeias. "É expectável que a presidência da Comissão Europeia seja da força política mais representativa, o PPE", disse.
Sobre António Costa, o também primeiro-ministro disse que decidiu fazer no domingo este anúncio do apoio do Governo português para "não quebrar um tabu". "Mas o próprio, muitos dos meus colegas chefes do Governo do Estados-membros da União Europeia e todos os meus colegas do PPE já sabem disto mesmo antes de eu ser primeiro-ministro", disse.
(Notícia atualizada com mais declarações)
A IL alcançou 9,07% dos votos, alcançando dois mandatos no Parlamento Europeu. Na reação, Cotrim Figueiredo defendeu que a IL demonstrou com tal resultado que "basta não evitar os assuntos que preocupam" os portugueses e que "Portugal não está condenado a nunca cumprir o seu potencial".
"Pelos vistos, quando uma campanha dá aos portugueses essa confiança os portugueses dizem sim", afirmou o candidato liberal.
E acrescentou: "Os portugueses vão cada vez mais dizer sim, porque a IL mostra que é possível combater a desesperança e o voto de protesto estéril". Cotrim insistiu ainda que se trata de "uma grande vitória da política positiva".
O líder do Partido Socialista assumiu este domingo a vitória nas eleições para o Parlamento Europeu, num discurso de agradecimento a Marta Temido, uma escolha do próprio Pedro Nuno Santos e garantiu que não será foco de instabilidade política.
"O PS é a primeira força política em Portugal", assumiu o secretário-geral dos socialista. "Derrotámos uma coligação de três partidos que governa Portugal, tivemos mais votos e mais mandatos", afirmou Pedro Nuno Santos, considerando que "sem o Chega, a esquerda foi maioritária."
"Esta vitória do PS e a derrota da AD não é irrelevante no plano nacional. O Governo nacionalizou esta eleição não tenho memoria de um governo tão envolvido numa campanha para as europeias como nestas", acusou o líder do PS. Pedro Nuno acusou o Executivo de Luís Montenegro de uma campanha "intensa" com "planos atrás de planos, com promessas que não estão quantificadas do ponto de vista orçamental. Esta foi a resposta que o povo português deu a um Governo que quis estar em campanha permanente".
"Estes resultados dão força à estratégia que o PS delineou de ser oposição", afirmou no discurso de vitória nas europeias deste domingo, 9 de junho. para o secretário-geral do PS os resultados "são também um alerta para um governo que decidiu a ignorar o Parlamento e a oposição. O Parlamento é para ser levado a sério e a estratégia de governar por decreto foi chumbada nestas eleições."
Pedro Nuno Santos considera que "os portugueses exigiram humildade perante a arrogância", garantindo que "não será pelo PS que haverá instabilidade política em Portugal. Não foi o Governo que ficou em causa nestas eleições, mas uma forma de governar."
O líder do PS anunciou que vai lançar "nos próximos meses" os "estados gerais", uma ideia inicialmente avançada por António Guterres que antecederam a vitória nas legislativas de 1995. "Continuaremos o nosso processo de renovação de quadros e programática", prometeu Pedro Nuno, lançando os "estados gerais para uma alternativa ao governo da AD. Não contem connosco para a instabilidade politica, mas não deixámos de ser o partido da estabilidade e não abdicamos da visão do país".
(Notícia atualizada)
O distrito de Castelo Branco foi onde os socialistas (oito eurodeputados) obtiveram o melhor resultado nas eleições (37,94%) e a AD (sete eurodeputados) teve na Madeira a sua votação mais expressiva, com 42,65%.
O Chega, que foi a terceira força (dois eurodeputados) teve o seu melhor resultado em Faro (14,34%). Já a IL (dois eurodeputados) obteve em Lisboa a sua melhor votação (9,57%).
No Porto, o BE (um eurodeputado) teve o seu melhor resultado (4,43%), enquanto a CDU (um eurodeputado) conseguiu em Beja a melhor votação (15,4%).
Nestas eleições, pela primeira vez, foi possível votar em qualquer mesa de voto, independentemente do local de recenseamento, o chamado voto em mobilidade.
A lista da CDU, liderada por João Oliveira, foi a terceira mais votada nos três distritos que compõem o Alentejo, recuperando o pódio nas eleições europeias de hoje, após um crescimento continuado do Chega nas eleições nacionais.
Natural de Évora, João Oliveira contou com o apoio da sua região para a sua eleição para Bruxelas, obtendo um total de 18.266 votos em Portalegre, Évora e Beja, contra 17.392 do Chega.
Nas eleições legislativas de março, o Chega ficou sempre à frente da CDU naqueles distritos do Alentejo, antigos bastiões comunistas que contribuíram para a forte subida do partido de André Ventura.
Por seu turno, a Iniciativa Liberal (IL) foi a terceira formação política mais votada nos três maiores distritos do país, Lisboa, Porto e Braga, à frente no Chega, para quem perdeu no plano nacional, por 26 mil votos.
No plano nacional, o Chega ganhou à IL nas regiões autónomas e em 12 dos distritos nacionais, ficando a IL apenas com Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro e Leiria.
Nalguns distritos, o Chega ganhou com mais do dobro dos votos que a IL (Vila Real, Bragança, Portalegre e Beja).
O Livre, que queria manter o crescimento das eleições legislativas, ficou aquém dos objetivos, a 27 mil votos do último lugar europeu elegível, obtido pelo PS.
Ainda fora do Parlamento Europeu, o ADN, que se afirmou como a nona força política nacional nas legislativas, subiu um lugar à custa do PAN, que perdeu o seu eurodeputado, conquistado há cinco anos.
E em Vila Real, o ADN conseguiu chegar ao sexto lugar, acima do Livre e do PAN.
Lusa
O cabeça de lista do PAN às eleições europeias, Pedro Fidalgo Marques, admitiu a derrota nas eleições para Parlamento Europeu, afirmando que o partido já tinha perdido o seu mandato em 2020, depois da renúncia de Francisco Guerreiro.
"O nosso mandato foi perdido em 2020 e o objetivo de o resgatar era um objetivo difícil, mas nós nunca voltamos as costas a objetivos e a tarefas difíceis, porque quem ficaria a perder e quem ficou a perder foram as causas que o PAN representa", salientou Pedro Fidalgo
Marques.
O partido Pessoas-Animais-Natureza não conseguiu eleger um eurodeputado, tendo ficado atrás do ADN, que obteve 54.046 votos.
Pelas 00:15, o PAN tinha 47.959 votos (1,22 %), segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SIGMAI), menos 120.397 votos do que no ato eleitoral de 2019.
Nascido em Oeiras, Pedro Fidalgo Marques, 37 anos, é um empreendedor social e cultural, licenciado em Dança e pós-graduado em Ciência Política, e frequenta o doutoramento em Dança na Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa.
É membro da comissão política nacional do PAN e vogal da mesa do órgão máximo de direção política entre congressos do partido.
Antes desta candidatura ao Parlamento Europeu, Fidalgo Marques foi já o número três do PAN no círculo eleitoral de Lisboa nas legislativas de março e foi eleito para a assembleia de freguesia da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, em 2017.
Em 2019, Francisco Guerreiro foi o cabeça de lista do PAN e único eleito desta força política nas europeias, as primeiras em que o partido obteve representação em Bruxelas (com cerca de 5% dos votos).
No ano seguinte, o eurodeputado anunciou a sua saída do PAN por "divergências políticas" com a direção do partido, mantendo-se no Parlamento Europeu como independente.
Lusa
"Há uma notícia que é positiva, que é a entrada do Chega de toda a maneira e em qualquer cenário no Parlamento Europeu. Esse é um cenário que eu também queria saudar", afirmou.
Em declarações aos jornalistas à chegada ao hotel escolhido pelo Chega para acompanhar a noite das eleições europeias, em Lisboa, André Ventura disse que "este obviamente não era o resultado" desejado, reiterando que a expectativa era "vencer estas eleições".
O presidente do Chega assumiu este domingo, ainda não estavam fechados os resultados das europeias, a descida face às últimas legislativas.
"O Chega, segundo todas as projeções, fica atrás do PS e do PSD. Isso não era o resultado que pretendíamos e nós assumimos isso, o responsável por isso naturalmente sou eu próprio", afirmou.
André Ventura chegou ao hotel cerca das 20:15, acompanhado do cabeça de lista do partido, que não quis falar aos jornalistas.
Questionado se a escolha de António Tânger Corrêa para liderar a lista do Chega ao Parlamento Europeu, o líder sustentou que "foi uma boa escolha".
"Tivemos uma boa equipa, não estou nada arrependido, o responsável deste resultado sou eu", salientou.
Questionado se o Chega foi castigado pelos eleitores, o presidente do partido apontou que "os eleitores tomaram uma decisão" e que a respeita, ressalvando que ainda não são conhecidos os resultados.
"Aparentemente, segundo estas sondagens, isso ficou aquém do nosso trabalho, da nossa expectativa e dos nossos resultados, vamos ver até ao fim da noite em que lugar fica o Chega", indicou, afirmando que vai "fazer a avaliação no final", depois de conhecidos os resultados e a distribuição dos mandatos.
"Nós queríamos vencer estas eleições, foi para isso que lutámos, e como em tudo na política as noites não são feitas só de vitórias, são também de noites menos boas e de resultados menos bons. Como sempre fiz na política, cá estou para assumir esses resultados, para dar a cara por eles, ao lado do nosso candidato, e agora vou avaliar, como sempre fiz também, o real resultado que sairá desta noite", afirmou.
O Chega elegeu dois deputados e ficou à frente da Iniciativa Liberal, sendo a terceira força política nas europeias.
Tânger Correia diz que "não foi um dia bom" para o Chega
O cabeça de lista do Chega às europeias considerou que o domingo "não foi um dia bom" para o partido, depois de ter falhado a meta de vencer as eleições, e e comprometeu-se a "representar Portugal e os portugueses".
Na primeira vez que o partido se apresentou a eleições europeias, o Chega elegeu dois eurodeputados, António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá, falhando o objetivo estabelecido pelo presidente de ser a força política mais votada.
"Hoje não foi um dia bom para o Chega. Há perder e ganhar, ganhar e perder, estou muito habituado a isso na vida", afirmou o primeiro candidato no discurso no final da noite eleitoral, num hotel em Lisboa.
António Tânger Corrêa considerou "uma pena" o partido ter conseguido apenas dois lugares no Parlamento Europeu.
"Somos dois mas somos bons, e vamos para Bruxelas para trabalhar, para representar Portugal, representar os portugueses", salientou.
Negócios com Lusa
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, assumiu este domingo a derrota do partido e, apesar de sublinhar o crescimento em relação às anteriores eleições europeias, considerou ser uma "noite triste".
"É uma noite triste para o Livre. Valorizamos o que conseguimos (…), mas há também frustração por não conseguir a eleição e uma derrota em que o Livre, com um resultado muito perto dos 4%, não consegue eleger", lamentou Rui Tavares.
O Livre recebeu 3,75% dos votos nas eleições europeias de domingo, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, mas o resultado não foi suficiente para eleger o cabeça de lista, Francisco Paupério.
"É o tipo de resultado que, em qualquer cenário normal, nos permitiria estar aqui a fazer a festa. Infelizmente não estamos. É uma noite em que o Livre perde as eleições e eu quero assumir essa derrota", disse o porta-voz, perante dezenas de apoiantes no Teatro da Luz, onde o partido acompanhou a noite eleitoral.
Rui Tavares deixou, em particular, um agradecimento a Francisco Paupério e elogiou a campanha, considerando que o partido foi esclarecedor e, sabendo que "a Europa está numa encruzilhada muito difícil", focou-se nas questões europeias.
Por outro lado, e sublinhando o crescimento do partido, que duplicou o número de votos em relação a 2019 e, em termos percentuais, obteve o melhor resultado de sempre, reconheceu que "há uma reflexão a fazer".
A análise política dos resultados coube à outra porta-voz do Livre, Isabel Mendes Lopes, que defendeu que ficou claro que o partido continua num caminho de crescimento e de consolidação e que "a esquerda verde europeia em Portugal veio para ficar".
"Esta consolidação é especialmente relevante neste cenário em que a extrema-direita, em Portugal, regride e mostra que o discurso de esperança é mesmo a melhor forma de combater e a extrema-direita", argumentou.
Por outro lado, Isabel Mendes Lopes considerou que os resultados mostram igualmente a importância da convergência à esquerda para apresentar soluções ao país.
O PS foi o partido mais votado, com 32,1% e oito eurodeputados, nas europeias de domingo, à frente da Aliança Democrática, que teve 31,1% e sete mandatos, segundo os resultados provisórios.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), o Chega, que elegeu dois eurodeputados, foi a terceira força política, com 9,79%.
Também com dois deputados eleitos, a Iniciativa Liberal (IL) obteve 9,07% dos votos.
O Bloco de Esquerda (BE) recolheu 4,25% dos votos e a CDU (PCP/PEV) 4,12%, obtendo um eurodeputado cada.
Pela primeira vez, foi possível votar em qualquer mesa de voto, independentemente do local de recenseamento, o chamado voto em mobilidade.
Para estas eleições europeias estavam recenseados um total de 10.819.317 cidadãos nacionais e 11.255 cidadãos estrangeiros, que perfazem um total de 10.830.572 de eleitores inscritos.