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Costa quer falar com "todos os partidos". "Geringonça" e PSD estão abertos ao diálogo

António Costa considera importante negociar com todas as forças políticas para formar Governo, caso não consiga maioria absoluta nas eleições de dia 30. Bloco, PCP, PAN aceitam o repto. Mas repetição da "geringonça" não é "a única solução" admitida pelo PS.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, já votou (de forma antecipada) para as eleições legislativas 2022.
REUTERS/Pedro Nunes
24 de Janeiro de 2022 às 15:13
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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta segunda-feira, em entrevista à Renascença, que está disponível para dialogar com todos os partidos, à exceção do Chega, para garantir "a melhor solução de Governo" após as eleições legislativas de 30 de janeiro. A abertura pode colher frutos à esquerda, mas também à direita. 

As declarações do também secretário-geral do PS surgem um dia depois de a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ter convidado António Costa para uma reunião no dia a seguir às eleições para definirem uma "agenda de medidas e metas para quatro anos", ou seja, para garantir um "entendimento" durante toda a legislatura. 

Mas António Costa esclareceu, na entrevista, que quer negociar não só com o BE mas com todos os partidos com assento parlamentar, à exceção do Chega, com quem não há muito a falar". Aliás, diz ser "o político português que mais dialogou" com os partidos da esquerda e derrubou o "muro" erguido em 1975.

Antes do BE, também o PCP já tinha anunciado que será sempre a favor de "convergências para bem do país". Os comunistas avisam, no entanto, que é necessário haver "substância" e "conteúdos", para que essa convergência, que diz ser importante é "resolver os problemas" do país, possa avançar.

O PAN está também aberto diálogo e concorda com o PS que o novo Executivo não deve contar com o apoio parlamentar do Chega. "Qualquer coligação que tenha uma força populista antidemocrática não contará com o apoio do PAN", referiu esta segunda-feira a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real.

Direita pode ser alternativa à "geringonça"
Considerando que a repetição da "geringonça" não é "a única solução" governativa possível, António Costa admite também a possibilidade de vir a conversar com os partidos "democráticos" à sua direita (PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal) e com o Livre, que espera reconquistar lugares no Parlamento e é favorável a uma "ecogeringonça" (com PS, Livre, PAN e PEV).

Apesar de estar concentrado em captar eleitores, o PSD já admitiu a possibilidade de um acordo parlamentar com o PS para pelo menos meia legislatura, caso as eleições terminem com um Governo minoritário de um dos dois partidos.
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