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Voto "útil" ou "fútil" marca oitavo dia de campanha das Europeias

O cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, lançou a primeira farpa no domingo à noite, defendendo, num jantar-comício na Quinta da Malafaia, que o voto "fora do PSD" nas eleições europeias será "um voto fútil".

Lusa
20 de Maio de 2019 às 19:09
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No dia do último debate televisivo da campanha eleitoral às europeias, os cabeças de lista dos partidos com representação parlamentar trocaram acusações sobre onde estará o "voto útil" ou "fútil" no próximo domingo.

 

O cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, lançou a primeira farpa no domingo à noite, defendendo, num jantar-comício na Quinta da Malafaia, que o voto "fora do PSD" nas eleições europeias será "um voto fútil".

 

O tema do dia ficou logo marcado, com o cabeça de lista socialista, Pedro Marques, a responder que votar PSD "é um voto útil nas sanções e nos cortes" em Portugal.

 

Para Pedro Marques, o PSD apresenta a estas eleições "os candidatos do passado" e o voto nos sociais-democratas significa "votar em alguém que a primeira coisa que vai fazer é tentar eleger" Manfred Weber para presidente da Comissão Europeia.

 

Também a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, respondeu hoje ao PSD, recusando que o voto no seu partido seja fútil e definindo-o como "alternativa" de centro direita por oposição à "alternância".

 

O cabeça de lista centrista, Nuno Melo, rompeu mesmo a trégua com o seu antigo parceiro de coligação, o PSD, considerando "um insulto" que se fale em voto fútil relativamente ao CDS-PP nas eleições de domingo, como fez Paulo Rangel.

 

"Não falo de futilidade em relação ao voto de quem seja porque respeito todos os adversários. Em democracia não há votos fúteis. A expressão voto fútil acaba por ser um insulto", afirmou Nuno Melo, numa ação de campanha eleitoral, depois de almoçar uma massada de peixe com pescadores, no porto de Setúbal.

 

Num discurso mais abrangente, o cabeça de lista europeu da CDU, João Ferreira, sublinhou que são 21 mandatos de deputado ao Parlamento Europeu em causa nas eleições, secundarizando de quem será a vitória no domingo ou que forças políticas ficarão à frente de outras.

 

"Este é o tempo de avisarmos toda a gente de que a decisão que têm a tomar nestas eleições é entre avançar ou andar para trás. Avisar que todos os votos contam para eleger deputados que defendam os interesses nacionais. Andam para aí uns a dizer que querem ganhar as eleições, outros a dizer que querem ficar à frente deste ou daquele. Não é nada disto que está em causa nestas eleições", disse João Ferreira, após um almoço de campanha no Couço, concelho de Coruche, distrito de Santarém.

 

Já a cabeça de lista do BE, Marisa Matias, insistiu que "a abstenção é um dos maiores inimigos desta eleição", numa ação de campanha na Feira de Espinho, em Aveiro, onde contou com a presença do antigo coordenador Francisco Louça.

 

Questionada sobre os prognósticos para as eleições de domingo, Marisa Matias não saiu do guião: "nós queremos reforçar a nossa representação, já o disse várias vezes, mas os votos não são nossos".

 

Acompanhado do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o candidato social-democrata Paulo Rangel voltou hoje a atacar o PS, afirmando que o PSD "não precisa de esconder" os seus antigos líderes, considerando que os socialistas "provavelmente" não podem dizer o mesmo.

 

Sobre a troca de críticas dos últimos dias, Passos Coelho aconselhou Paulo Rangel a encarar os ataques dos adversários como "medalhas" e defendeu que, se os partidos contam muito, a escolha dos protagonistas também é essencial.

 

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