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Sondagem: Cristas à frente do PSD e Medina com maioria em risco

A 1 de Outubro, Fernando Medina deverá registar uma votação a rondar os 41%, de acordo com uma sondagem hoje divulgada pelo Jornal de Notícias, o que poderá inviabilizar a renovação da maioria absoluta.

Bruno Simão
18 de Setembro de 2017 às 09:06
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As eleições autárquicas poderão trazer surpresas na Câmara de Lisboa. De acordo com uma sondagem da Universidade Católica divulgada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, Fernando Medina, o actual presidente, poderá perder a maioria absoluta conquistada pelo seu antecessor no cargo, António Costa. Já Assunção Cristas, cabeça-de-lista do CDS, deverá mesmo concretizar a ultrapassagem a Teresa Leal Coelho, posicionando-se como a segunda candidata com mais votos.

 

De acordo com o inquérito, elaborado no dia 16 de Setembro pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica, 41% dos 653 inquiridos que planeiam votar expressaram intenção de eleger Fernando Medina, o actual presidente da autarquia lisboeta, que "herdou" o cargo após a saída de António Costa, em 2015 (Medina era o número dois da lista e, com a renúncia do agora primeiro-ministro, passou a chefiar a autarquia).

 

Este resultado significa que Medina terá entre sete a nove vereadores, sendo que precisa de oito para manter a maioria absoluta (a câmara de Lisboa tem um total de 17). Em 2013, António Costa obteve 50,9% dos votos, o que resultou em 11 vereadores. O inquérito foi elaborado já depois de se ter tornado pública a polémica compra de casa de Fernando Medina.

 

O dado mais surpreendente, contudo, é o projectado segundo lugar de Assunção Cristas, que deverá conquistar 17% dos votos para o CDS, à frente de Teresa Leal Coelho e do PSD, com 16%. A distribuição de vereadores atribui, ainda assim, três a quatro vereadores a cada um (em 2013, os dois partidos concorreram coligados e só conseguiram eleger quatro membros do executivo).

Bloco pode eleger um vereador

 

À esquerda também pode haver surpresas. Depois do grande resultado de 2013 (9,9% dos votos), a candidatura da CDU, encabeçada por João Ferreira, deverá registar uma ligeira queda para 9%, o que não garante a eleição do segundo vereador. Quem poderá aproveitar é o Bloco de Esquerda, a quem a sondagem atribui os mesmos 9% de intenções de voto, o suficiente para eleger um a dois vereadores.

Num cenário em que eleja um vereador, o BE poderá fixar um compromisso pós-eleitoral com Fernando Medina, dando-lhe assim maioria caso este necessite, um cenário que não foi afastado pelo cabeça-de-lista Ricardo Robles.

 

Para este estudo, o CESOP realizou um total de 764 inquéritos considerados válidos em sete freguesias de Lisboa, com uma taxa de resposta de 61%.

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