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Novos partidos estão a ajudar à reeleição de Merkel
A União Democrata Cristã (CDU), o partido de Angela Merkel, segue confortável nas sondagens para as eleições de 22 de Setembro. A presença de novos partidos no círculo eleitoral está a ajudar a possibilidade de um governo apenas da CDU. Mas dificilmente Merkel poderá governar sozinha.
O eleitorado conquistado pelos novos partidos como o "Alternativa para a Alemanha" (AfD) está a fazer com que a União Democrata Cristã (CDU) apenas precise de 45% dos votos para atingir a maioria. Mas, a dois meses das eleições, e de acordo com todas as sondagens, isso é algo que o partido de Angela Merkel não conseguirá sozinho, mas apenas em aliança com os Liberais do FDP – coligação actualmente no poder – que recolhe, actualmente, 46% dos votos.
Os pequenos partidos políticos, como o partido dos Piratas, conseguiram nas últimas eleições 6% dos votos, uma percentagem que o instituto Forsa acredita que vai duplicar a 22 de Setembro, mas individualmente, por ficararem aquém de 5%, nenhum destes grupos deverá conseguir assento parlamentar. A maioria destes votos deverá ser conseguido às custas da perda de fulgor do FDP, que nas últimas eleições, em 2009, conseguiu 15% dos votos.
Ainda de acordo com as sondagens, a CDU por si só regista 42% das intenções do voto, o que revela uma subida de oito pontos percentuais face às eleições de 2009. “O partido de Merkel ficar sozinho no poder após as eleições é uma opção irrealista, mas as sondagens estão a dar um forte sinal de que será ela a ficar com o lugar”.
Peer Steinbrück, candidato do partido Social-Democrata Alemão (SPD), o segundo maior partido alemão, demonstrou a sua oposição face a uma participação no Governo, através de uma coligação com a CDU, ainda que, segundo o próprio, “uma aliança desse género não pode ser excluída”, como já aconteceu no passado.
Steinbrück acrescentou que Merkel quer uma aliança com o seu partido, pondo um termo à coligação com os Liberais, que segundo as sondagens terão intenções de voto na casa de 5%. O SPD registou uma descida de dois pontos percentuais para 12%.