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Moreira arrasa Rio: "Autárquicas do Porto não são primárias secretas do PSD"

Rui Moreira deixa “profundo agradecimento” ao CDS e ao eleitorado pela "confiança num projecto independente e sério". O autarca da Invicta não poupou os "condicionamentos" socialistas e apontou rostos na derrota do PSD.

01 de Outubro de 2017 às 22:11
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Rápido, curto e duro. Muito duro. Assim foi o discurso de vitória de Rui Moreira nas eleições desta noite, proferido menos de duas horas depois de saírem as projecções dos resultados – e numa altura em que a maioria absoluta ainda não era um dado certo, como acabou por se confirmar mais tarde. Mas o tom dirigido aos dois maiores rivais nesta corrida eleitoral foi de quem não precisa de entendimentos pós-eleitorais para governar com estabilidade o município.

 

Foi depois de deixar um "profundo agradecimento" ao CDS-PP pelo "apoio sem condição" nesta votação, o autarca da Invicta deixou um abraço ao "amigo" Manuel Pizarro e de seguida criticou o PS por ter "[tentado] numa primeira fase condicionar" o movimento que lidera. "O apoio que nos oferecia tinha um preço que não quisemos pagar", referiu, criticando de seguida a "entrada de elementos do Governo na campanha para tentar influenciar a votação na cidade". "E esse foi um preço que a cidade também não quis pagar", resumiu.

 

No entanto, foi para o PSD que deixou as palavras mais duras. Optou por poupar o candidato Álvaro Almeida e não se coibiu de apontar que "os grandes derrotados desta noite têm rostos", nomeando António Tavares (mandatário da candidatura e líder da Misericórdia local), Rui Rio e Paulo Rangel. "Não digo isto por não nos terem apoiado, mas por terem utilizado a cidade do Porto para disputas de índole nacional. As autárquicas do Porto não são umas primárias secretas do PSD", atacou.

 

"Os eleitores do Porto são pessoas inteligentes, cultas e, acima de tudo, sensíveis", referiu ainda Rui Moreira, que no início do discurso frisara que se voltou a "fazer história" neste município, depois da vitória obtida em 2013. Prometeu nos próximos quatro anos "governar o Porto sem deixar de ouvir todos os portuenses" e, antes de se despedir dos apoiantes reunidos nos Aliados com uma citação de Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD, elencou as prioridades do mandato: cultura, diplomacia económica, afirmação da cidade "em todas as suas vertentes", coesão social e sustentabilidade. 

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