Os dinamarqueses vão a votos esta quinta-feira, 18 de Junho, para escolher o sucessor, ou sucessora, da ainda primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt. As últimas sondagens colocam a social-democrata Thorning-Schmidt empatada com o seu principal adversário, o conservador Lars Lokke Rasmussen, que chefiou o Executivo dinamarquês entre 2009 e 2011.

A BCC cita uma sondagem do jornal Jyllands-Posten, divulgada na última terça-feira, que atribui 50,1% ao Bloco Vermelho, liderado por Helle Thorning-Schmidt e composto pelos sociais-democratas e mais quatro partidos de esquerda e de centro, seguido de perto, com 49,9% das intenções de voto, pelo Bloco Azul, protagonizado por Rasmussen e que inclui os liberais do seu próprio partido (Venstre) e ainda quatro forças partidárias de centro-direita e direita populista.

Esta sondagem confirma a recuperação nas intenções de voto de Helle Thorning-Schmidt. Em sentido oposto, Rasmussen tem vindo a perder terreno nas sondagens mais recentes. Já perto do final de Maio, menos de dois antes da primeira-ministra ter convocado eleições, uma sondagem da Berlingske atribuía 46,7% dos votos a Helle Thorning-Schmidt e 53,3% ao bloco da oposição.

A contribuir para esta tendência está o facto de, de acordo com os estudos de opinião, os dinamarqueses estarem a deslocar-se para partidos quer à esquerda, quer à direita, das duas forças políticas tradicionalmente mais representativas, os sociais-democratas e os conservadores. Em especial o Alternativa, um partido de inspiração ecologista que poderá fazer pender para o lado do centro-esquerda o resultado final destas eleições.

Sendo certo que a recuperação económica do país está a ser utilizada como trunfo dos dois candidatos, dado que ambos reclamam para si os méritos das políticas económicas empreendidas na Dinamarca nos últimos anos, a questão da imigração está no centro do debate, isto num país que detém um sistema de Segurança Social bastante abrangente.