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AD vence nos Açores e poderá dispensar Chega
Tudo indica que Bolieiro será reeleito presidente do Governo dos Açores, após estas eleições antecipadas para o novo parlamento regional depois da rejeição do orçamento para este ano.
A coligação entre PSD, CDS e PPM, que lidera atualmente a região e que é encabeçada pelo social-democrata José Manuel Bolieiro – terá vencido as eleições deste domingo nos Açores, com 40% a 45% dos votos, com margem para maioria absoluta, segundo as projeções à boca das urnas realizadas pela Universidade Católica para a RTP.
Em segundo lugar, de acordo as mesmas projeções, ficou o PS, com 32% a 37% dos votos, e o Chega ocupou o terceiro lugar, com 8% a 11%, registando um crescimento face às últimas eleições. Mas, como sublinhou Luís Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na SIC, “o Chega pode ter aqui uma vitória muito amarga, que é subir de votação, subir de deputados, mas aquilo que era ter influência, no sentido de ir para o governo ou negociar um governo, esta estratégia aparentemente pode ter falhado”.
Já Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PAN e CDU terão tido entre 1% a 3% dos votos.
À hora de fecho desta edição, com mais de 70% dos votos contados, a coligação PSD, CDS, PPM arrecadava 42,3% dos votos, o PS 37,6%, o Chega 8,5%, a CDU 2%. O BE, a IL e o PAN tinham valores entre 1,9% e 1,3%.
Tudo indica que Bolieiro será assim reeleito presidente do Governo dos Açores, após estas eleições antecipadas para o novo parlamento regional depois da rejeição do orçamento para este ano.
Ao início da noite eleitoral, o PS-Açores insistia que “estava tudo em aberto” para o resultado final.
Nunca antes, na sua história democrática, a região tinha tido eleições antecipadas. O favoritismo pertencia aos dois grandes partidos nacionais, os únicos a quem coube governar na história da região: de um lado o social-democrata e atual presidente, José Manuel Bolieiro, e, do outro, o socialista e ex-presidente Vasco Cordeiro.
Concorreram às eleições 11 forças políticas – oito partidos e três coligações: AD-Açores (PSD/CDS-PP/PPM), CDU (PCP/PEV), Alternativa 21 (MPT/Aliança), PS, Chega, BE, PAN, Livre, ADN, Iniciativa Liberal e Juntos Pelo Povo.
Nas últimas eleições, o vencedor foi Bolieiro – mas acabou por cair ao perder o apoio parlamentar de um dos dois deputados do Chega e do deputado da Iniciativa Liberal que permitia ao Executivo ter maioria no parlamento regional. Sem essa maioria, não foi possível viabilizar o orçamento regional para 2024, que foi assim chumbado no passado dia 23 de novembro.
Após o chumbo do orçamento, o Presidente da República decidiu dissolver a Assembleia Legislativa regional dos Açores, com Marcelo Rebelo de Sousa a marcar as eleições para 4 de fevereiro.