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Trump agradece a si próprio pela descida dos preços do petróleo

"Thank you, President T". Foi assim que Donald Trump se elogiou a si próprio, num tweet, pela queda das cotações do petróleo.

Reuters
25 de Novembro de 2018 às 17:59
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Donald Trump continua, sem pudores, a elogiar-se a si próprio. E hoje, uma vez mais, escolheu a sua rede social de eleição para o fazer: o Twitter.

 

Num tweet publicado esta tarde, o presidente dos Estados Unidos congratula-se com o facto de os preços do petróleo estarem a descer e, entre parênteses, agradece a si próprio ("Obrigado, Presidente T.", escreveu).

 



"Junte-se a isso – situação que é como um grande Corte de Impostos – às restantes boas notícias económicas do nosso país", diz o tweet do chefe da Casa Branca, acrescentando, num "recado" ao banco central norte-americano, que "a inflação está a descer" e lançando a pergunta: "estás a ouvir, Fed"?

 

Recorde-se que Trump tem criticado a Reserva Federal, liderada por Jerome Powell, pela sua política de normalização monetária com a subida gradual das taxas de juro – esperando-se, aliás, que na reunião da próxima semana o banco central anuncie o quarto aumento de 25 pontos base da sua taxa directora, para um intervalo entre 2,25% e 2,50%.

 

Nos últimos tempos, o presidente norte-americano tem multiplicado as suas críticas à Fed, precisamente pelo ritmo de agravamento das taxas de juro. "Não gosto", disse recentemente, adiantando ser sua opinião que "não temos de ir tão depressa".

 

"Gosto de taxas de juro baixas", assinalou Trump no mês passado, destacando que a inflação está controlada, pelo que não percebe por que razão "é necessário ir tão depressa na subida das taxas de juro".

 

Petróleo em mínimos de mais de um ano

 

Relativamente aos preços do "ouro negro", esta semana continuou a derrapar, marcando a sétima semana consecutiva de quedas. A cotação do barril está em mínimos de Outubro do ano passado, tanto em Londres como nos EUA.

 

Um dos factores que está a pesar reside no receio de que os planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados para reduzirem a oferta mundial não sejam suficientes para compensar a subida dos inventários.

 

É que o presidente norte-americano, Donald Trump, veio dizer que a Arábia Saudita – que começou por avançar que cortaria a sua produção em 500.000 barris por dia já em Dezembro – está a mostrar-se "compreensiva" perante o seu pedido de não reduzir a oferta. E também a Rússia, parceiro da OPEP nesta decisão, já deu sinais de que será preciso analisar melhor o mercado petrolífero nas próximas semanas antes de se tomar uma decisão de corte da produção – o que poderá fazer com que na reunião ministerial de 6 de Dezembro o cartel e os seus aliados não avancem com uma decisão.

 

Tudo isto sucede num contexto de aumento dos stocks de crude, especialmente nos Estados Unidos, onde há nove semanas que os inventários desta matéria-prima estão a ser incrementados.

 

O facto de Trump ter aberto excepções a oito países na proibição de comprar petróleo ao Irão também tem intensificado os receios de uma maior oferta do que o esperado no mercado – o que, sem um corte da OPEP, poderá deixar o mercado com crude em excesso perante a procura prevista.

 

Estes receios de uma oferta excessiva no mercado, num contexto de desaceleração do crescimento económico global – o que costuma reduzir a procura de combustíveis – têm sido um factor de grande pressão para os preços.

 

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