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Substituto de Bárcenas reconhece que recebeu pagamentos “por fora”

Cristobal Paéz reconheceu, em tribunal, ter recebido 12 mil euros por baixo da mesa.

Bloomberg
13 de Agosto de 2013 às 16:45
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É mais um capítulo do caso que tem agitado a vida política do país vizinho. Cristobal Paéz, que substituiu o ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas entre 2009 e 2010, reconheceu esta terça-feira, perante o tribunal, que recebeu pagamentos “por fora” no valor de 12 mil euros. Esses pagamentos ilícitos foram realizados em Abril de 2007 e Junho de 2008 e figuram na contabilidade secreta do seu antecessor no cargo, Luis Bárcenas, de acordo com fontes judiciais citadas pelos jornais espanhóis.

 

É uma nova confirmação dos documentos manuscritos de Bárcenas publicados em Janeiro pelo jornal espanhol "El País", e que foram corroborados, entre outros, pelo presidente do Senado, Pío García Escudero, e os políticos Jaime Ignacio del Burgo e Calixto Ayesa.

 

O reconhecimento destes pagamentos foi um dos pontos fundamentais da declaração de Páez, que deixou o partido quando Mariano Rajoy nomeou tesoureiro o actual presidente do Conselho de Estado, José Manuel Romay Beccaría. Entre hoje e amanhã serão ainda ouvidos os ex-secretários Francisco Álvarez Cascos e Javier Arenas, e a actual secretária-geral do partido, María Dolores Cospedal.

 

O esquema de contabilidade paralela do ex-tesoureiro do PP tem causado um verdadeiro terramoto na vida política espanhola, e ameaçado inclusive a continuidade de Mariano Rajoy no cargo de primeiro-ministro.  

 

O caso veio a público em Janeiro deste ano quando o jornal “El País” publicou vários documentos com pagamentos ao PP, recibos de pagamentos com destinatários e vários movimentos bancários. Segundo o jornal espanhol, todos os anos eram colocados de lado parte dos donativos que alegadamente serviam para remunerações suplementares a dirigentes do partido. Rajoy terá sido um dos dirigentes a receber essas remunerações suplementares. Bárcenas garantiu em tribunal ter dado dinheiro “vivo” a Rajoy e à secretária-geral do partido entre 2008 e 2010 e terá entregue documentos que, segundo os jornais espanhóis, revelam os pagamentos feitos por baixo da mesa.

 

Barcenas geriu as finanças do PP durante mais de 20 anos. Quando a bomba estoirou soube-se que o ex-tesoureiro tinha contas na suíça superiores a 48 milhões de euros. O ex-tesoureiro negou a contabilidade paralela até mudar de estratégia quando foi preso em Junho. Alega agora ter sido pressionado pelo PP a não revelar essa contabilidade.

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