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Secretário de Estado da Proteção Civil demite-se

O secretário de Estado da Proteção Civil apresentou a sua demissão, no dia em que a Polícia Judiciária realizou uma série de buscas no âmbito de investigações relacionadas com a compra das polémicas golas "inflamáveis". Segundo a CMTV, José Artur Neves foi constituído arguido. O Presidente da República já exonerou o secretário de Estado.

18 de Setembro de 2019 às 14:53
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"Na sequência do pedido de exoneração, por motivos pessoais, do Secretário de Estado da Proteção Civil, o Ministro da Administração Interna aceitou o pedido e transmitiu essa decisão ao Primeiro-Ministro", revela o Governo através de um comunicado. 

A demissão de José Artur Neves surge no dia em que o Ministério da Administração Interna, a Secretaria de Estado da Proteção Civil, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e vários comandos distritais de Operações de Socorro foram alvo de buscas por indícios de fraude na obtenção de subsídios, corrupção e participação económica em negócios. Segundo avança a CMTV, Artur Neves terá mesmo sido já constituídio arguido, uma informação ainda não confirmada oficialmente.

O Presidente da República já exonerou o responsável. "O Presidente da República aceitou hoje a proposta do Primeiro-Ministro de exoneração, a seu pedido, do Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Tavares Neves", revela a nota publicada no site da Presidência.

Em causa está o chamado caso das "golas inflamáveis", a aquisição de 70 mil golas de proteção de fumo para pescoço e rosto compradas para os "kits"do programa "Aldeia Segura", que são de material inflamável e poderão ter custado mais do que o previsto, estando envolvidas empresas de pessoas com ligações familiares ao Governo e ao PS. 

O Ministério Público, juntamente com a Polícia Judiciária tem estado esta quarta-feira a desenvolver um conjunto de buscas por todo o país que somaram oito buscas domiciliárias e quarenta e seis não domiciliárias, segundo a Procuradoria-Geral da República. Entre os alvos, segundo adiantou a Sábado, esteve precisamente o gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil, assim como alguns dos seus adjuntos/assessores.

 

O inquérito, é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), coadjuvado pela Polícia Judiciária e há suspeitas de indícios de crimes de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção.

 

A investigação incide sobre a operação cofinanciada pelo Fundo de Coesão da União Europeia destinada à realização de "Ações de Sensibilização e Implementação de Sistemas de Aviso às Populações para Prevenção do Risco de Incêndios Florestais", enquadradas nos Programas "Aldeia Segura", "Pessoas Seguras" e "Rede Automática de Avisos à População".




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