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Santos Silva quer travão ao discurso de ódio na AR e não exclui candidatura a Belém
Em entrevista à RTP2, o líder do parlamento sublinhou que dirige os trabalhos "no cumprimento das obrigações constitucionais e regimentais", assinalando a "colaboração de todos os grupos parlamentares" e recusando "problemas" em relação ao partido presidido por André Ventura, que hoje abandonou o hemiciclo em protesto contra Santos Silva durante o debate sobre a revisão da lei dos estrangeiros.
22 de Julho de 2022 às 00:08
O presidente da Assembleia da República (AR), Augusto Santos Silva, defendeu hoje a sua intervenção em relação ao Chega como um travão ao discurso de ódio e não descartou uma candidatura nas próximas eleições presidenciais.
Em entrevista à RTP2, o líder do parlamento sublinhou que dirige os trabalhos "no cumprimento das obrigações constitucionais e regimentais", assinalando a "colaboração de todos os grupos parlamentares" e recusando "problemas" em relação ao partido presidido por André Ventura, que hoje abandonou o hemiciclo em protesto contra Santos Silva durante o debate sobre a revisão da lei dos estrangeiros.
"Entendo que defender o prestígio da AR passa também por evitar que o discurso de ódio repercuta na AR. Portanto, tenho feito observações de acordo com as minhas obrigações regimentais sempre que os deputados se excedem, recorrem a injúrias ou caem na tentação de afirmações xenófobas. Nessas circunstâncias, limito-me a assinalar que o entendimento do parlamento português é completamente diverso", afirmou.
Reiterando a defesa de Portugal enquanto "um país aberto e treinado na emigração e na imigração", Santos Silva lembrou ainda que nenhuma decisão sua com efeitos na condução dos trabalhos é irrecorrível: "A qualquer momento, qualquer partido pode recorrer para o plenário de decisões que eu tome no que diz respeito à admissão de projetos ou à condução dos trabalhos, o que, aliás, tem acontecido".
O presidente da AR foi também questionado sobre o seu futuro político e o cenário de uma eventual candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026, mas não excluiu qualquer possibilidade.
"Não rejeito nada em absoluto, porque se o fizesse não tinha procurado servir o meu país onde era necessário e entendido como mais útil. Seria desrespeitoso dizer mais do que isto; desrespeitoso para os deputados e para o atual Presidente da República, que está na primeira metade do seu mandato e com o mérito que os portugueses lhe reconhecem. Lá para 2025 falaremos das presidenciais. Entretanto, vamos trabalhando em conjunto", resumiu.
Santos Silva considerou igualmente que o ex-presidente do PSD, Rui Rio, "merece a gratidão" expressada pelo primeiro-ministro, António Costa, no debate do Estado da Nação, nesta quarta-feira, após quatro anos de Rio no papel de líder da oposição. Já sobre a atual situação política do país e o reconhecimento pelo líder do Executivo que "o país está pior" do que há um ano, o presidente da AR lembrou os efeitos da guerra na Ucrânia.
"Portugal e a União Europeia (UE) passam por um momento difícil e essa crise tem uma razão clara: a invasão da Ucrânia pela Rússia. Portugal é até dos países que tem revelado maior resistência e capacidade de proteção face a essas consequências negativas e até vai ser o país que mais cresce na UE este ano, mas isso não nos deve desviar do facto de que temos de responder à inflação", concluiu.
Em entrevista à RTP2, o líder do parlamento sublinhou que dirige os trabalhos "no cumprimento das obrigações constitucionais e regimentais", assinalando a "colaboração de todos os grupos parlamentares" e recusando "problemas" em relação ao partido presidido por André Ventura, que hoje abandonou o hemiciclo em protesto contra Santos Silva durante o debate sobre a revisão da lei dos estrangeiros.
Reiterando a defesa de Portugal enquanto "um país aberto e treinado na emigração e na imigração", Santos Silva lembrou ainda que nenhuma decisão sua com efeitos na condução dos trabalhos é irrecorrível: "A qualquer momento, qualquer partido pode recorrer para o plenário de decisões que eu tome no que diz respeito à admissão de projetos ou à condução dos trabalhos, o que, aliás, tem acontecido".
O presidente da AR foi também questionado sobre o seu futuro político e o cenário de uma eventual candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026, mas não excluiu qualquer possibilidade.
"Não rejeito nada em absoluto, porque se o fizesse não tinha procurado servir o meu país onde era necessário e entendido como mais útil. Seria desrespeitoso dizer mais do que isto; desrespeitoso para os deputados e para o atual Presidente da República, que está na primeira metade do seu mandato e com o mérito que os portugueses lhe reconhecem. Lá para 2025 falaremos das presidenciais. Entretanto, vamos trabalhando em conjunto", resumiu.
Santos Silva considerou igualmente que o ex-presidente do PSD, Rui Rio, "merece a gratidão" expressada pelo primeiro-ministro, António Costa, no debate do Estado da Nação, nesta quarta-feira, após quatro anos de Rio no papel de líder da oposição. Já sobre a atual situação política do país e o reconhecimento pelo líder do Executivo que "o país está pior" do que há um ano, o presidente da AR lembrou os efeitos da guerra na Ucrânia.
"Portugal e a União Europeia (UE) passam por um momento difícil e essa crise tem uma razão clara: a invasão da Ucrânia pela Rússia. Portugal é até dos países que tem revelado maior resistência e capacidade de proteção face a essas consequências negativas e até vai ser o país que mais cresce na UE este ano, mas isso não nos deve desviar do facto de que temos de responder à inflação", concluiu.