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Rui Rocha quer liderar oposição e desafia Luís Montenegro
O novo líder da Iniciativa Liberal traçou os principais objetivos para os próximos meses, com a promessa de sair às ruas para contestar a revisão constitucional. E reafirmou a meta de chegar aos 15%.
O novo líder da Iniciativa Liberal quer acabar com o modelo do bipartidarismo entre o PS e o PSD, a começar pela revisão constitucional em curso, promovendo já em fevereiro uma manifestação nas ruas e liderar a oposição no Parlamento.
"Faço-vos o convite de já em fevereiro irmos para a rua lutarmos contra esta revisão constitucional que vai contra os direitos dos portugueses", assumiu Rui Rocha no discurso de vitória este domingo no Centro de Congressos de Lisboa, onde decorreu a convenção liberal.
"Vamos liderar a oposição como já temos liderado", prometeu o novo líder liberal, lembrando a "oposição no que diz respeito à TAP" ou as questões "da pandemia, dos abusos que foram cometidos". E é precisamente pelo debate sobre a revisão constitucional que Rui Rocha quer começar a romper o bipartidarismo. "Ao que parece, a revisão constitucional que PS e PSD se preparam para cozinhar vai limitar direitos fundamentais dos portugueses, nomeadamente confinamentos sem a intervenção da Assembleia da República e dos tribunais", afirmou.
Rocha declarou o Governo do PS "politicamente morto", algo que ficou demonstrado com a moção de censura que acabou chumbada no parlamento.
O desafio a Montenegro
E é aqui que surge o primeiro desafio ao presidente do PSD, Luís Montenegro. "Quero perguntar daqui a Luís Montenegro o que é que seria preciso acontecer mais para votar favoravelmente a moção de censura da IL", questionou Rui Rocha.
O novo líder dos liberais, que venceu as eleições internas com 51,7%, acredita que o Executivo já está em fim de vida. "O Governo do PS pode agarrar-se ao poder. Pode durar meses, pode até durar anos, mas o Governo do PS está completamente esgotado, politicamente morto e fomos nós que o declaramos."