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Rui Rio disponível para acordos em nome do país, mesmo que o critiquem

Tenho a consciência clara do que o país precisa (…) e ou nós estamos capazes, em nome do interesse coletivo, de fazermos aquilo que necessitamos de fazer com outros [partidos], ou se não o fizermos o nosso futuro será pior", afirmou Rui Rio.

Tiago Petinga/Lusa
23 de Novembro de 2019 às 19:29
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O atual presidente e candidato à liderança do PSD, Rui Rio, reafirmou este sábado que, se ganhar as eleições, estará disponível para acordos "estruturais" em nome do país, mesmo que o critiquem.

"Podem muitos criticar o que quiserem porque o que eu estou a dizer advém de muitos anos que ando nesta vida. Tenho a consciência clara do que o país precisa (…) e ou nós estamos capazes, em nome do interesse coletivo, de fazermos aquilo que necessitamos de fazer com outros [partidos], ou se não o fizermos o nosso futuro será pior", afirmou.

Rui Rio falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde hoje teve lugar o II Congresso da Coesão Territorial, iniciativa organizada pela Juventude Social Democrata (JSD) e na qual também participam os candidatos Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro.


Com intervenções separadas, Rui Rio foi o primeiro a usar da palavra e começou por sublinhar que se candidata para "servir o país", com os objetivos de ajudar a conquistar melhores salários, melhores serviços públicos e melhor qualidade de vida.


"Resumindo, queremos construir um país que facilite os portugueses a encontrarem o caminho para a felicidade", apontou.


Já a nível partidário, sublinhou que quer um PSD com mais câmaras, com uma oposição credível e com mais ligação à sociedade.


Para este candidato "é vital" que o partido se reúna para conquistar mais juntas de freguesia, mais câmaras e também mais vereadores.


Lembrando que o PSD não pode continuar a ter 11% em Lisboa ou 10% no Porto, Rui Rio frisou que o PSD terá de ganhar mais vereador e ter "mais representação", mesmo nas autarquias onde o partido não consiga a vitória.


"A aposta nas autarquias é vital para o futuro do país e do PSD", acrescentou.


Sublinhou ainda a necessidade de se continuar a promover a abertura do PSD à sociedade, de modo a contribuir para "eliminar o real divórcio" entre a política e os partidos.


A questão de como irá exercer o papel de oposição foi também abordada por Rui Rio, que mantém a ideia de que quer uma "oposição credível" e capaz de "concordar", quando é caso disso.


"Grandeza é saber concordar, estar sempre contra é fraqueza", referiu, sublinhando que os "portugueses não esperam um combate de boxe" e que a "oposição destrutiva dá cabo da credibilidade dos partidos".


Este responsável não esqueceu o atual "xadrez" existente na Assembleia da República e salientou que aquela composição "não permite criar um país com melhores salários, com melhor qualidade de vida e com melhores serviços públicos.


Por isso mesmo, reiterou, o próximo líder do PSD tem de "preparar o partido para governar".


À saída, Rui Rio cruzou-se com Miguel Pinto Luz, revelando-lhe que tinha sido muito aplaudido.


Já em resposta aos jornalistas, garantiu que não quer "alimentar" troca de argumentos em público e que a expectativa é ganhar as eleições marcadas para dia 11 de janeiro de 2020.

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