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Rio sobre o Brexit: Governo não preparou consulados, mas UE tem sido exemplar
O líder social-democrata considera que o Governo português não preparou devidamente os consulados no Reino Unido para responder aos desafios do Brexit.
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22 de Março de 2019 às 16:10
O presidente do PSD, Rui Rio, criticou hoje o Governo pela falta de preparação dos consulados no Reino Unido para responder ao 'Brexit', mas elogiou a União Europeia (UE) pelo "comportamento exemplar".
Iniciando uma visita de dois dias a Londres, Rio visitou o consulado-geral de Portugal em Londres e disse sair preocupado com a falta de capacidade de resposta para atender os portugueses que procuram fazer os seus documentos de identificação.
"A capacidade de resposta dos serviços consulares para municiar os portugueses todos com estes documentos está muito reduzida, é muito baixa, é muito difícil. O consulado reclama há muito tempo do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) um reforço dos meios, mas esse reforço foi sempre fraco ao longo do tempo e hoje é particularmente fraco e há uma particular falta de resposta", afirmou aos jornalistas.
Recentemente, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, anunciou um plano de contingência que inclui medidas como o reforço dos postos com meios humanos e equipamento, o alargamento do horário de funcionamento, além de uma linha telefónica dedicada.
Segundo o dirigente social-democrata, "o governo não conseguiu a tempo e horas - e o a tempo e horas era há dois anos - municiar os consulados aqui em Inglaterra para as necessidades que previam que viessem a existir, como é evidente que estão a existir".
Apesar da "angústia que as pessoas possam sentir, por força de uma grande pressão das notícias", Rui Rio considera que os portugueses não devem ter receio pelos seus direitos, nomeadamente de continuar a viver e a trabalhar no Reino Unido.
"Podem existir razões para uma pequena intranquilidade, mas para uma angústia muito grande aparentemente não haverá", vincou.
Já sobre o processo da saída do Reino Unido da UE, o presidente do PSD mostrou-se pessimista com o governo britânico conseguir fazer passar no parlamento o Acordo de Saída que permita ao país sair de forma ordenada do bloco europeu, mas elogiou a atitude de Bruxelas.
Na quinta-feira, no Conselho Europeu em Bruxelas, os 27 aceitaram adiar a data de saída de 29 de março até 12 de abril, para permitir à primeira-ministra britânica, Theresa May, tentar novamente submeter o documento aos deputados e desbloquear o impasse.
"Eu acho que a União Europeia tem tido um comportamento exemplar nisto, a começar pelo presidente da Comissão Europeia [Jean-Claude Juncker] e pelo [negociador chefe da UE] Michel Barnier. Com muita calma, com muita tranquilidade, com muita boa vontade, até ao limite do que se é possível ir", afirmou.
Segundo Rio, "o Reino Unido não tem razões para se queixar daquilo que tem sido a boa vontade e a maleabilidade da União Europeia. O problema está do lado do Reino Unido, não está tanto do lado da União Europeia, que tem feito aquilo que é possível e sensato fazer".
Hoje e sábado, Rui Rio tem uma série de encontros previstos com empresários e dirigentes associativos da comunidade portuguesa, que em todo o Reino Unido, estima-se rondar as 400 mil pessoas.
Iniciando uma visita de dois dias a Londres, Rio visitou o consulado-geral de Portugal em Londres e disse sair preocupado com a falta de capacidade de resposta para atender os portugueses que procuram fazer os seus documentos de identificação.
Recentemente, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, anunciou um plano de contingência que inclui medidas como o reforço dos postos com meios humanos e equipamento, o alargamento do horário de funcionamento, além de uma linha telefónica dedicada.
Segundo o dirigente social-democrata, "o governo não conseguiu a tempo e horas - e o a tempo e horas era há dois anos - municiar os consulados aqui em Inglaterra para as necessidades que previam que viessem a existir, como é evidente que estão a existir".
Apesar da "angústia que as pessoas possam sentir, por força de uma grande pressão das notícias", Rui Rio considera que os portugueses não devem ter receio pelos seus direitos, nomeadamente de continuar a viver e a trabalhar no Reino Unido.
"Podem existir razões para uma pequena intranquilidade, mas para uma angústia muito grande aparentemente não haverá", vincou.
Já sobre o processo da saída do Reino Unido da UE, o presidente do PSD mostrou-se pessimista com o governo britânico conseguir fazer passar no parlamento o Acordo de Saída que permita ao país sair de forma ordenada do bloco europeu, mas elogiou a atitude de Bruxelas.
Na quinta-feira, no Conselho Europeu em Bruxelas, os 27 aceitaram adiar a data de saída de 29 de março até 12 de abril, para permitir à primeira-ministra britânica, Theresa May, tentar novamente submeter o documento aos deputados e desbloquear o impasse.
"Eu acho que a União Europeia tem tido um comportamento exemplar nisto, a começar pelo presidente da Comissão Europeia [Jean-Claude Juncker] e pelo [negociador chefe da UE] Michel Barnier. Com muita calma, com muita tranquilidade, com muita boa vontade, até ao limite do que se é possível ir", afirmou.
Segundo Rio, "o Reino Unido não tem razões para se queixar daquilo que tem sido a boa vontade e a maleabilidade da União Europeia. O problema está do lado do Reino Unido, não está tanto do lado da União Europeia, que tem feito aquilo que é possível e sensato fazer".
Hoje e sábado, Rui Rio tem uma série de encontros previstos com empresários e dirigentes associativos da comunidade portuguesa, que em todo o Reino Unido, estima-se rondar as 400 mil pessoas.