Notícia
Rio diz que eventual reestruturação do SEF só com "ponderação" e não para "encobrir" crime
O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta quarta-feira que uma eventual reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deve ser feita "com ponderação" e não para "encobrir" a morte de um cidadão ucraniano.
16 de Dezembro de 2020 às 20:44
À saída de uma audiência com o Presidente da República sobre o estado de emergência, Rio escusou-se a dizer se o ministro da Administração Interna tem ou não condições para continuar no cargo, mas deixou críticas a Eduardo Cabrita.
"É inegável na sociedade portuguesa que não geriu bem, que gerou uma grande confusão, que andou ao retardador. Quanto ao mais, se tem ou não condições, é uma decisão da estrita responsabilidade do primeiro-ministro", afirmou, escusando-se também a dizer o que faria se o caso se passasse com um ministro de um Governo que chefiasse.
O líder do PSD criticou ainda a anunciada reestruturação do SEF para janeiro.
"Aquilo que se passou no SEF - a morte de um cidadão ucraniano por agentes do SEF - não é razão para se fazer uma reestruturação do SEF, é razão para se mover um processo crime e se averiguar o que se passou naquele caso concreto", defendeu.
Para o líder do PSD, "se o SEF necessita de uma reestruturação", esta deve ser feita "com a devida ponderação e não agora para tentar encobrir uma situação concreta".
Eduardo Cabrita anunciou na terça-feira no parlamento que a legislação sobre a restruturação do SEF será produzida em janeiro.
O MAI já tinha divulgado que o processo de reestruturação do SEF deveria estar concluído no primeiro semestre de 2021 e que seria coordenado pelos diretores nacionais adjuntos do Serviço, José Luís do Rosário Barão -- que ascendeu a diretor em regime de substituição - e Fernando Parreiral da Silva.
Ihor Homeniuk terá sido vítima das violentas agressões de três inspetores do SEF, acusados de homicídio qualificado, com a alegada cumplicidade ou encobrimento de outros 12 inspetores. O julgamento deste caso terá início em 20 de janeiro.
Nove meses depois do alegado homicídio, a diretora do SEF, Cristina Gatões, demitiu-se na semana passada, após alguns partidos da oposição terem exigido consequências políticas deste caso, tendo Eduardo Cabrita considerado que esta "fez bem em entender dever cessar funções" e que não teria condições para liderar o processo de restruturação do organismo.
Esse processo esteve no centro de uma polémica entre o diretor nacional da PSP e Eduardo Cabrita, no domingo, depois de o responsável da força policial ter admitido que está a ser trabalhada a fusão da PSP com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Após as declarações de Magina da Silva aos jornalistas, no final de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro respondeu que a reforma do SEF será anunciada "de forma adequada" pelo Governo "e não por um diretor de Polícia".
"É inegável na sociedade portuguesa que não geriu bem, que gerou uma grande confusão, que andou ao retardador. Quanto ao mais, se tem ou não condições, é uma decisão da estrita responsabilidade do primeiro-ministro", afirmou, escusando-se também a dizer o que faria se o caso se passasse com um ministro de um Governo que chefiasse.
"Aquilo que se passou no SEF - a morte de um cidadão ucraniano por agentes do SEF - não é razão para se fazer uma reestruturação do SEF, é razão para se mover um processo crime e se averiguar o que se passou naquele caso concreto", defendeu.
Para o líder do PSD, "se o SEF necessita de uma reestruturação", esta deve ser feita "com a devida ponderação e não agora para tentar encobrir uma situação concreta".
Eduardo Cabrita anunciou na terça-feira no parlamento que a legislação sobre a restruturação do SEF será produzida em janeiro.
O MAI já tinha divulgado que o processo de reestruturação do SEF deveria estar concluído no primeiro semestre de 2021 e que seria coordenado pelos diretores nacionais adjuntos do Serviço, José Luís do Rosário Barão -- que ascendeu a diretor em regime de substituição - e Fernando Parreiral da Silva.
Ihor Homeniuk terá sido vítima das violentas agressões de três inspetores do SEF, acusados de homicídio qualificado, com a alegada cumplicidade ou encobrimento de outros 12 inspetores. O julgamento deste caso terá início em 20 de janeiro.
Nove meses depois do alegado homicídio, a diretora do SEF, Cristina Gatões, demitiu-se na semana passada, após alguns partidos da oposição terem exigido consequências políticas deste caso, tendo Eduardo Cabrita considerado que esta "fez bem em entender dever cessar funções" e que não teria condições para liderar o processo de restruturação do organismo.
Esse processo esteve no centro de uma polémica entre o diretor nacional da PSP e Eduardo Cabrita, no domingo, depois de o responsável da força policial ter admitido que está a ser trabalhada a fusão da PSP com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Após as declarações de Magina da Silva aos jornalistas, no final de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro respondeu que a reforma do SEF será anunciada "de forma adequada" pelo Governo "e não por um diretor de Polícia".