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Relvas: Em caso de emergência, Passos Coelho e Portas podem salvar o centro-direita

O antigo dirigente social-democrata Miguel Relvas aponta Passos Coelho e Paulo Portas para a salvação do centro-direita se a nova geração falhar.

Cátia Barbosa
12 de Outubro de 2019 às 11:59
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Miguel Relvas critica, em entrevista à Teledifusão de Macau (TDM), a atuação de Rui Rui, dizendo que o líder do PSD "não gosta do partido".

 

Aponta os resultados das eleições legislativas de 6 de Outubro como um dos piores da história do PSD e diz ter dúvidas que Rio tenha condições para voltar a ser líder dos sociais-democratas.

 

"Se Rui Rio achar que tem condições para voltar a ser líder do PSD, deve candidatar-se. Eu tenho dúvidas, isso tenho. Se não teve ideias e força para mobilizar os portugueses nesta eleição vai ter 4 anos depois?", questionou, citado pela TSF.

 

"Mal seria se o PSD desse a vitória a quem teve 27,9%", frisou Relvas. Para o antigo secretário-geral do PSD, Luís Montenegro e a Miguel Pinto Luz são dois bons candidatos a esse lugar.

 

O antigo ministro dos Assuntos parlamentares sublinha que o PSD se esqueceu que "o atual primeiro-ministro era primeiro-ministro sem ter ganho eleições e entregou-lhe o centro".

 

"É líder de um partido de que ele não gosta e criou uma conflitualidade interna", declara Relvas, salientando os nomes que ficaram de fora das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República, como Hugo Soares e Maria Luís Albuquerque, e destacando que foram afastados "sem razão aparente, quando eles tinham sido indicados pelas estruturas locais".

 

"E para um PSD forte se apresentar em cena, é preciso ‘arrumar a casa’ e ‘liderar o bloco de centro-direita’, defende, citado pela mesma fonte. Para tal, considera que o partido deve ter "um projeto muito claro" e "ser oposição".

 

"Começo a acreditar que poderemos vir a estar num processo federativo entre o PSD e o CDS se não formos capazes de, no curto prazo, afirmar os dois partidos. Sob pena de vermos crescer o Chega e o Iniciativa Liberal, o reforço da Aliança, estas forças nasceram agora porque não fomos capazes de agregar", salienta.

 

Relvas sublinha, nesta entrevista, que não quer um "PSD de serviços mínimos". "Quero um PSD que tenha ambição, que saiba que vai voltar a lutar".

 

Para o antigo dirigente social-democrata, se tudo falhar "nesta nova geração", talvez o caminho esteja num regresso ao passado. "Se esta nova geração não for capaz de agregar e de somar, eu não vejo que Passos Coelho e Paulo Portas estejam afastados da vida política", apontou, acrescentando que "em caso de emergência, aí estarão".
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