Notícia
Raimundo critica "agenda da bolha mediática" e denuncia bipolarização do voto
"Esta bolha quis e, pelos vistos, quer que se fale muito da forma e pouco do conteúdo", afirmou o líder da CDU no Porto.
25 de Fevereiro de 2024 às 18:39
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, criticou este domingo o "brutal afastamento" entre a agenda da "bolha mediática" e as principais preocupações das pessoas para as próximas eleições, denunciando uma "operação de bipolarização" do voto.
"É abismal a diferença entre os temas de debate e a vida das pessoas. E é de sublinhar o alinhamento de todos com a agenda da bolha mediática e o brutal afastamento do dia a dia de milhões de pessoas que cá vivem e trabalham. Esta bolha quis e, pelos vistos, quer que se fale muito da forma e pouco do conteúdo", afirmou o líder da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV), no comício de abertura oficial da campanha, no Porto.
Perante quase mil pessoas no teatro Rivoli, Paulo Raimundo apontou o "malabarismo" e a "conversa" de PS, com "a continuação da experiência dos últimos dois anos de maioria absoluta", e da direita, defendendo que a Aliança Democrática (AD, que agrega PSD, CDS e PPM), a Iniciativa Liberal e o Chega pretendem um "caminho de retrocesso ao passado e aos tempos sombrios da 'troika'".
"Percebemos a operação em curso: centrar tudo na bipolarização e mandar para baixo aquela que é a força mais consequente. Sabemos o que querem: condicionar as opções agora para mais tarde se esquecerem daquilo que erraram nestes dias em que estão a fazer sondagens. Esta operação com a qual lidamos há muitos anos apenas tem de nos dar mais força e mais vontade para falar com muita gente e mobilizar os que precisam de mais CDU", frisou.
Para o secretário-geral comunista, este retrato da campanha eleitoral foi já visível nos debates televisivos das últimas semanas, ao considerar que foram marcados por "dualidade de critérios" e que entregaram "dezenas de horas que faltavam aos candidatos" para as "apreciações de ilustres comentadores".
"Esses debates onde se procurou que tudo fosse matéria de discussão, menos as questões fundamentais ou os problemas centrais: os salários, o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, a habitação, a cultura, a produção nacional, a agricultura, a pesca, o trabalho e os trabalhadores. Questões centrais que só a CDU não abdicou de colocar em cima da mesa", resumiu.
Na única iniciativa da CDU no dia de arranque oficial da campanha - em que a chuva e o vento nas ruas do Porto contrastavam com o calor que se fazia sentir no interior do Rivoli, e praticamente à mesma hora de uma arruada do Chega a apenas duas ruas de distância, em Santa Catarina -, Paulo Raimundo apelou aos militantes comunistas para um derradeiro esforço na reta final para as eleições de 10 de março.
"Temos estado nas ruas, à porta das empresas, nos serviços públicos, junto dos utentes, nas escolas e todos aqui sabem que, fruto dessa nossa ação, há um fosso enorme entre os chamados estudos de opinião e sondagens com aquilo que ouvimos das pessoas. O que nos dizem é que a CDU faz falta e faz cada vez mais falta. E é por isso que, ao contrário daquilo que procuram vender todos os dias, a CDU está a crescer", concluiu.
"É abismal a diferença entre os temas de debate e a vida das pessoas. E é de sublinhar o alinhamento de todos com a agenda da bolha mediática e o brutal afastamento do dia a dia de milhões de pessoas que cá vivem e trabalham. Esta bolha quis e, pelos vistos, quer que se fale muito da forma e pouco do conteúdo", afirmou o líder da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV), no comício de abertura oficial da campanha, no Porto.
"Percebemos a operação em curso: centrar tudo na bipolarização e mandar para baixo aquela que é a força mais consequente. Sabemos o que querem: condicionar as opções agora para mais tarde se esquecerem daquilo que erraram nestes dias em que estão a fazer sondagens. Esta operação com a qual lidamos há muitos anos apenas tem de nos dar mais força e mais vontade para falar com muita gente e mobilizar os que precisam de mais CDU", frisou.
Para o secretário-geral comunista, este retrato da campanha eleitoral foi já visível nos debates televisivos das últimas semanas, ao considerar que foram marcados por "dualidade de critérios" e que entregaram "dezenas de horas que faltavam aos candidatos" para as "apreciações de ilustres comentadores".
"Esses debates onde se procurou que tudo fosse matéria de discussão, menos as questões fundamentais ou os problemas centrais: os salários, o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, a habitação, a cultura, a produção nacional, a agricultura, a pesca, o trabalho e os trabalhadores. Questões centrais que só a CDU não abdicou de colocar em cima da mesa", resumiu.
Na única iniciativa da CDU no dia de arranque oficial da campanha - em que a chuva e o vento nas ruas do Porto contrastavam com o calor que se fazia sentir no interior do Rivoli, e praticamente à mesma hora de uma arruada do Chega a apenas duas ruas de distância, em Santa Catarina -, Paulo Raimundo apelou aos militantes comunistas para um derradeiro esforço na reta final para as eleições de 10 de março.
"Temos estado nas ruas, à porta das empresas, nos serviços públicos, junto dos utentes, nas escolas e todos aqui sabem que, fruto dessa nossa ação, há um fosso enorme entre os chamados estudos de opinião e sondagens com aquilo que ouvimos das pessoas. O que nos dizem é que a CDU faz falta e faz cada vez mais falta. E é por isso que, ao contrário daquilo que procuram vender todos os dias, a CDU está a crescer", concluiu.