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PSD diz que Governo “desmentiu categoricamente a oposição”
Pela voz de Marco António Costa os sociais-democratas exultaram “um novo tempo” de crescimento económico e do emprego e de descida do desemprego. O PSD aproveitou para pedir que o PS seja um “aliado e não um obstáculo”.
Em resposta às reacções dos partidos da oposição, que ao longo da tarde foram respondendo ao anúncio feito pelo Governo das medidas de consolidação orçamental para 2015, o vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa, insistiu na ideia de que o Executivo “desmentiu categoricamente a oposição”.
“O Governo, contrariando frontalmente muito do que foi especulado pela oposição, não anunciou qualquer corte em pensões e salários”, declarou o porta-voz dos sociais democratas.
Marco António sublinhou que a oposição “acusava-nos de termos uma agenda escondida”, todavia “mais uma vez enganou-se”. “Nas últimas semanas focalizou a sua crítica alegando que o Governo faria cortes suplementares no rendimento dos portugueses”, mas o que foi esta terça-feira anunciado pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, “foi precisamente o contrário”, insistiu.
O ex-secretário de Estado da Segurança Social garantiu que as medidas hoje anunciadas mostram que os cortes “recaem exclusivamente sobre a máquina do Estado e sobre os sectores tradicionalmente protegidos da nossa economia”. Marco António mostrou ainda a satisfação pelo facto de o Governo de que chegou a fazer parte ter, “desde que assumiu funções”, chamado esses sectores a contribuir “para o esforço de consolidação orçamental”.
Numa declaração essencialmente voltada para a postura da oposição, em especial para o papel desempenhado e a desempenhar pelos socialistas, o vice-presidente do PSD pediu ao PS para que seja “um aliado e não um obstáculo”.
O PSD considera que o maior partido da oposição ficou, depois do anúncio das medidas feito esta tarde, “na circustância” de não ter mais elementos para atacar o Governo, reforçando o pedido para que o “PS mude a sua postura e deixe de conduzir campanhas de medo e se transforme num aliado no caminho de progresso que o país está a construir para o futuro”.
De acordo com a interpretação do maior partido da coligação de Governo o fim da décima primeira avaliação, com as medidas agora conhecidas, é aquilo que faltava para que “Portugal reencontre um novo tempo em que a economia e o emprego voltam a crescer e o desemprego começa a descer”.
Redução dos funcionários públicos
Em relação à forma como se produzirá a redução dos trabalhadores da função pública o ex-governante asseverou que a ideia passa por dar continuidade aos “cortes produzidos com o PREMAC”. A título de exemplo de como deve ser alcançada a redução do peso da máquina do Estado, Marco António recorreu às políticas seguidas pelo Ministério da Saúde que “permitiram poupanças significativas” através do corte das margens de lucro dos fornecedores.