Notícia
PS diz à direita para se habituar à lei do aborto
O Parlamento discutiu esta quinta-feira vários projectos da esquerda sobre a interrupção voluntária da gravidez, e o PS pediu a PSD e CDS para se habituarem ao novo quadro parlamentar.
19 de Novembro de 2015 às 21:14
O PS pediu esta quinta-feira ao PSD e ao CDS/PP que se habituem ao novo quadro parlamentar, a propósito da interrupção voluntária da gravidez, com os centristas e social-democratas a criticarem as prioridades socialistas em início de legislatura.
PS, PCP, BE e PEV defendiam em plenário os seus projectos de lei para reverter as alterações à lei do aborto, aprovadas pela anterior maioria PSD/CDS no último plenário da última legislatura, e que introduziram taxas moderadoras e a obrigatoriedade do acompanhamento psicológico e social às mulheres que queiram praticar uma interrupção voluntária da gravidez (IVG).
"No dia 4 de Outubro nasceu um novo quadro parlamentar, em que os direitos das mulheres, a sua dignidade e a protecção da saúde sexual e reprodutiva serão respeitados e reconhecidos não de forma somente proclamatória ou demagógica mas de forma inteira e limpa e, acima de tudo, efectiva. Habituem-se!", disse a deputada do PS Susana Amador, recuperando uma expressão dita por António Vitorino após a primeira vitória eleitoral de José Sócrates.
Pelo CDS, Teresa Caeiro argumentou que a discussão "mostra bem qual é a hierarquia de prioridades do PS". "As duas primeiras iniciativas que os senhores apresentam no Parlamento são para revogar uma taxa moderadora de 7,75 euros para a IVG a pedido da mulher e a reposição dos feriados nacionais. Isto é que é a vossa mundividência", acusou
Também o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite criticou "a ligeireza" com que a esquerda encara o processo legislativo, ao pretender a revogação de uma lei com quatro meses.
Pelo Bloco falou Catarina Martins, que declarou a urgência de acabar com uma lei que "castiga, menoriza e condiciona as mulheres nas suas decisões", argumentando que a introdução das taxas moderadoras para o aborto, apenas em algumas circunstâncias obriga as mulheres "a dizer ao mundo" os motivos de recorrer a um serviço de saúde, o que a nenhum homem é pedido.
PS, PCP, BE e PEV defendiam em plenário os seus projectos de lei para reverter as alterações à lei do aborto, aprovadas pela anterior maioria PSD/CDS no último plenário da última legislatura, e que introduziram taxas moderadoras e a obrigatoriedade do acompanhamento psicológico e social às mulheres que queiram praticar uma interrupção voluntária da gravidez (IVG).
Pelo CDS, Teresa Caeiro argumentou que a discussão "mostra bem qual é a hierarquia de prioridades do PS". "As duas primeiras iniciativas que os senhores apresentam no Parlamento são para revogar uma taxa moderadora de 7,75 euros para a IVG a pedido da mulher e a reposição dos feriados nacionais. Isto é que é a vossa mundividência", acusou
Também o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite criticou "a ligeireza" com que a esquerda encara o processo legislativo, ao pretender a revogação de uma lei com quatro meses.
Pelo Bloco falou Catarina Martins, que declarou a urgência de acabar com uma lei que "castiga, menoriza e condiciona as mulheres nas suas decisões", argumentando que a introdução das taxas moderadoras para o aborto, apenas em algumas circunstâncias obriga as mulheres "a dizer ao mundo" os motivos de recorrer a um serviço de saúde, o que a nenhum homem é pedido.