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Pedro Nuno critica "falta de diálogo" do Governo. "Não é assim que se constrói estabilidade"

No primeiro dia de discussão do Programa do Governo, Pedro Nuno Santos afirmou que "não houve diálogo" na inclusão das 60 medidas da oposição no Programa do Governo. E alertou: "Não é assim que se constrói uma maioria nem se garante estabilidade e governabilidade".

Miguel Baltazar
11 de Abril de 2024 às 11:12
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O Partido Socialista (PS) criticou esta quinta-feira a "falta de diálogo" do Governo na inclusão de 60 medidas da oposição no Programa do Governo apresentado na Assembleia da República. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu que não é assim que se garante estabilidade governativa.

"Não houve diálogo nenhum (...) Não é assim que se constrói uma maioria nem se garante estabilidade e governabilidade", atirou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, no debate do Programa do Governo, que traça as linhas gerais do que serão as políticas para a legislatura de quatro anos e meio.

Em causa está o anúncio de que o Executivo de Luís Montenegro incluiu 60 medidas da oposição no Programa do Governo. O PS é o partido que mais medidas vê incluídas nesse documento: 32, ou seja, mais de metade do total. O Governo acolheu ainda 13 propostas do Chega, seis da Iniciativa Liberal, três do Bloco de Esquerda, três do Livre, duas do PAN e uma do PCP.

A redução em sede de IRC de 20% das tributações autónomas para viaturas das empresas é uma das 32 medidas do programa eleitoral do PS tiveram acolhimento no Programa do Governo. Além dessa, constam ainda a redução das portagens em autoestradas em territórios com menos população e sem alternativas à utilização de veículo próprio.

Pedro Nuno Santos insistiu que "diálogo implica diálogo" mas ninguém dialogou com o PS. O secretário-geral socialista lamentou ainda que esse seja "um padrão" na atuação do PSD. "Não fala com ninguém, não ouve ninguém e espera que os outros venham ter consigo", referiu, acrescentando que "não é a aprovação de medidas avulsas" que distancia o PS e PSD: "é uma visão diferente para o país".

Além do PS, outros partidos como o Livre e o Bloco de Esquerda afirmaram também que não foram ouvidos antes de as suas propostas eleitorais serem incluídas no Programa do Governo.

Em resposta ao PS, o líder da bancada do PSD, Hugo Soares, sublinhou que "não é possível dialogar com quem não atende o telefone". Hugo Soares referiu ainda que, "pela primeira vez, exigia-se ao Governo que negociasse o Programa do Governo com todos os partidos" e que isso "nunca aconteceu" antes.

(notícia atualizada às 11:45)
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