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Portugueses ainda não veem Luís Montenegro como alternativa

Líder do PSD ainda não conseguiu convencer o eleitorado. Inquiridos consideram que o Presidente da República deve manter uma postura crítica da atuação do Governo, apesar de acharem que o apoio ao Executivo tem sido o adequado.

18 de Março de 2023 às 09:00
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Luís Montenegro ganhou as diretas para a liderança do PSD há quase dez meses, mas ainda não conseguiu impor-se e convencer os portugueses de que é alternativa a António Costa para chefiar um Governo, mostram os resultados da sondagem da Intercampus para o Negócios, o CM e a CMTV.


Quando questionados sobre em qual dos dois – António Costa ou Luís Montenegro – tem mais confiança para ser primeiro-ministro, 40,6% dos portugueses apontam o atual chefe do Governo. Costa sobrepõem-se assim a Montenegro, apesar dos sucessivos casos que têm abalado o Executivo, com várias demissões no primeiro ano de mandato da maioria.


Apenas pouco mais de um quarto dos inquiridos acredita que o líder social-democrata "tem as capacidades exigidas a um primeiro-ministro", o que, na leitura da Intercampus, pode "em parte explicar que o PSD persista em não ultrapassar o PS nas intenções de voto".


Também quando se pergunta em quem confiaria para comprar um carro em segunda mão, a conclusão é a mesma: apesar de ter sido recentemente "muito castigado no barómetro, António Costa continua a ser mais merecedor de confiança do que Luís Montenegro", sendo a diferença mais reduzida.


O mesmo se passa quando a questão é sobre quem tem mais capacidade reformista. Apesar de António Costa ser acusado de não ter feito reformas, os inquiridos (34,9%) atribuem mais capacidade de as fazer do que o líder do maior partido da oposição.


O resultado também não se altera quando a pergunta é sobre quem tem melhor capacidade para gerir a economia do país, com 38% dos inquiridos a apostarem em António Costa. Luís Montenegro tem o apoio de 29%.

Um presidente mais crítico


Neste barómetro em que o trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 15 deste mês, perguntou-se sobre a atuação do Presidente da República perante o Governo. A grande maioria (61%) considera que Marcelo Rebelo de Sousa "não se deve acanhar e deve criticar o Executivo sempre que for preciso", refere a Intercampus que vê nesta resposta um pedido dos portugueses para que o chefe de Estado critique "mais vezes do que até aqui".


Em todo o caso, quando questionados sobre como tem sido o apoio do Presidente ao atual Governo, a maioria considera que Marcelo tem "dado o apoio adequado" (50,4%), sendo que há tantos a achar que é pouco (21,2%) como os que entendem que a intervenção é demasiada (24,8%).

FICHA TÉCNICA
Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 613 entrevistas, com distribuição proporcional por género, idade e região. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por região (NUTSII), género e idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2020) da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI. Os trabalhos de campo decorreram de 9 a 15 de março de 2023. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 4,0%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 61,8%.

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