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Portugal "lamenta bastante" saída dos EUA e espera determinação dos restantes, diz MNE

O Governo português "lamenta bastante" a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irão, mas espera que esta seja "compensada" pela determinação dos restantes signatários de manterem a sua posição, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.

EPA
08 de Maio de 2018 às 23:19
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"Lamentamos bastante a decisão dos Estados Unidos. Nós, Portugal, e a União Europeia tudo fizemos para convencer os nossos amigos americanos a não darem este passo", afirmou Augusto Santos Silva, em declarações à agência Lusa.

 

O Governo português vê o acordo como "um instrumento positivo", com o objectivo de "impedir que o Irão chegue à produção de armas nucleares próprias", referiu o governante.

 

O chefe da diplomacia portuguesa advertiu que a decisão dos EUA, hoje anunciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, pode ter consequências negativas, nomeadamente o "isolamento iraniano e o enquistamento ainda mais intenso do regime iraniano", bem como uma "escalada da conflitualidade que hoje já é evidente no Médio Oriente".

 

Consequências que, para o Governo português, podem ser mitigadas se os restantes signatários do acordo nuclear "mantiverem a sua posição".

 

"Esperamos que esta saída dos Estados Unidos seja compensada pela determinação das restantes partes signatárias do acordo no seu cumprimento", sublinhou Santos Silva.

 

O Presidente Donald Trump anunciou hoje que os Estados Unidos abandonam o acordo nuclear assinado entre o Irão e o grupo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha.

 

O acordo foi concluído em Julho de 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha) e visa, em troca de um levantamento progressivo das sanções internacionais, assegurar que o Irão não desenvolve armas nucleares.

 

Conseguido depois de 21 meses de duras negociações, o acordo foi assinado, por parte dos Estados Unidos, pelo antecessor de Trump, Barack Obama.

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