Notícia
Pedro Nuno considera que AD mostrou que "não tem solução parlamentar nem de Governo estável"
A votação decorreu durante a tarde, entre as 16:25 e as 17:15, por voto secreto, e os resultados foram anunciados em plenário cerca de uma hora depois.
27 de Março de 2024 às 19:01
O secretário-geral do PS considerou esta quarta-feira que a Aliança Democrática mostrou que não tem uma solução parlamentar ou de Governo estável, nem "capacidade de iniciativa e de liderança", após o impasse para a eleição do presidente do parlamento.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Pedro Nuno Santos reiterou que foi o PS que apresentou a solução para resolver o impasse institucional, salientando que, na reunião que teve esta manhã com o líder do PSD, Luís Montenegro, não lhe foi apresentada "nenhuma solução".
"O que a AD e o primeiro-ministro indigitado mostrou neste processo é que não tem uma solução parlamentar estável, nem tem uma solução de Governo estável, e revelou também que não tinha capacidade de iniciativa e de liderança para resolver impasses como aquele que nós acabámos por sofrer nas últimas 24 horas", afirmou.
Pedro Nuno referiu que, como partido responsável, o PS sempre disse que não iria permitir um impasse constitucional aprovando moções de rejeição, tal como agora também não iria "conviver com um impasse parlamentar".
"Por isso, o PS, como partido responsável que quer preservar as instituições democráticas do nosso país, fez uma proposta que nos permitisse resolver e seguirmos com o trabalho parlamentar, político, para verdadeiramente nos concentrarmos nos problemas do país", frisou.
Depois, Pedro Nuno Santos criticou o líder do Chega, André Ventura, salientando que se apresenta "como tendo uma grande vontade de confrontar e de mudar o sistema", mas na verdade "está interessado em ser parte do sistema".
"É muito importante que todos os portugueses, mas também aqueles que votaram no Chega, tenham consciência disto: o líder do Chega passou as últimas semanas a mendigar um lugar no Governo. Não é alguém que quer estar de fora, a confrontar o Governo, é alguém que quer estar dentro", afirmou.
Em contraponto, o líder socialista afirmou que o PS revelou desde a noite eleitoral "um desprendimento em relação ao poder, assumindo desde logo os resultados eleitorais, as consequências desses resultados e a derrota no dia 10 de março".
"Era aquilo que nos cabia. O líder do Chega teve todo o tempo, aliás usou mesmo a expressão de ter de se humilhar, e foi exatamente isso que foi fazendo ao longo deste tempo para conseguir ter um lugar no Governo", criticou.
O secretário-geral do PS garantiu que o papel do seu partido vai ser de ser oposição ao futuro Governo da AD, salientando que fará uma oposição "política, programática" e que não era isso que estava em causa na votação para a presidência do parlamento, mas antes "um impasse parlamentar".
"Do ponto de vista político, o PS continuará a ser oposição. O líder do Chega não é líder da oposição, é chefe da confusão. Nós lideraremos a oposição de forma construtiva, responsável, mas que não haja ilusões sobre o futuro da política em Portugal: o PS não será um suporte de um Governo da AD e é bom que isso fique claro para todos", salientou.
Nestas declarações aos jornalistas, o líder do PS disse ainda que só foi contactado pelo PSD 15 minutos antes de o partido anunciar publicamente a candidatura de José Pedro Aguiar-Branco para a presidência da Assembleia da República.
"Espero que não seja esta a forma como o líder da AD entende que se vai relacionar com os diferentes partidos no parlamento, nomeadamente como PS. Não é assim", disse, considerando que, caso a AD quisesse fazer uma "tentativa de conciliação ou de acordo", teria de ter havido um contacto entre os líderes dos dois partidos.
"Aquilo que o PSD nos demonstrou, com todo este processo, é que entende que pode estar simplesmente fixado com os pés no chão e que os outros é que têm de se aproximar. Não funciona assim a democracia: quando um líder político tem uma solução de Governo ou quer governar, tem de procurar soluções. Não foi isso que aconteceu neste caso", criticou.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Pedro Nuno Santos reiterou que foi o PS que apresentou a solução para resolver o impasse institucional, salientando que, na reunião que teve esta manhã com o líder do PSD, Luís Montenegro, não lhe foi apresentada "nenhuma solução".
Pedro Nuno referiu que, como partido responsável, o PS sempre disse que não iria permitir um impasse constitucional aprovando moções de rejeição, tal como agora também não iria "conviver com um impasse parlamentar".
"Por isso, o PS, como partido responsável que quer preservar as instituições democráticas do nosso país, fez uma proposta que nos permitisse resolver e seguirmos com o trabalho parlamentar, político, para verdadeiramente nos concentrarmos nos problemas do país", frisou.
Depois, Pedro Nuno Santos criticou o líder do Chega, André Ventura, salientando que se apresenta "como tendo uma grande vontade de confrontar e de mudar o sistema", mas na verdade "está interessado em ser parte do sistema".
"É muito importante que todos os portugueses, mas também aqueles que votaram no Chega, tenham consciência disto: o líder do Chega passou as últimas semanas a mendigar um lugar no Governo. Não é alguém que quer estar de fora, a confrontar o Governo, é alguém que quer estar dentro", afirmou.
Em contraponto, o líder socialista afirmou que o PS revelou desde a noite eleitoral "um desprendimento em relação ao poder, assumindo desde logo os resultados eleitorais, as consequências desses resultados e a derrota no dia 10 de março".
"Era aquilo que nos cabia. O líder do Chega teve todo o tempo, aliás usou mesmo a expressão de ter de se humilhar, e foi exatamente isso que foi fazendo ao longo deste tempo para conseguir ter um lugar no Governo", criticou.
O secretário-geral do PS garantiu que o papel do seu partido vai ser de ser oposição ao futuro Governo da AD, salientando que fará uma oposição "política, programática" e que não era isso que estava em causa na votação para a presidência do parlamento, mas antes "um impasse parlamentar".
"Do ponto de vista político, o PS continuará a ser oposição. O líder do Chega não é líder da oposição, é chefe da confusão. Nós lideraremos a oposição de forma construtiva, responsável, mas que não haja ilusões sobre o futuro da política em Portugal: o PS não será um suporte de um Governo da AD e é bom que isso fique claro para todos", salientou.
Nestas declarações aos jornalistas, o líder do PS disse ainda que só foi contactado pelo PSD 15 minutos antes de o partido anunciar publicamente a candidatura de José Pedro Aguiar-Branco para a presidência da Assembleia da República.
"Espero que não seja esta a forma como o líder da AD entende que se vai relacionar com os diferentes partidos no parlamento, nomeadamente como PS. Não é assim", disse, considerando que, caso a AD quisesse fazer uma "tentativa de conciliação ou de acordo", teria de ter havido um contacto entre os líderes dos dois partidos.
"Aquilo que o PSD nos demonstrou, com todo este processo, é que entende que pode estar simplesmente fixado com os pés no chão e que os outros é que têm de se aproximar. Não funciona assim a democracia: quando um líder político tem uma solução de Governo ou quer governar, tem de procurar soluções. Não foi isso que aconteceu neste caso", criticou.