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PCP condena exercícios militares da NATO

O PCP condenou os exercícios militares da NATO e a participação de Portugal nestas iniciativas, considerando que são mais um elemento para a "escalada de tensão e confrontação que marca a situação internacional".

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 24 de Outubro de 2015 às 15:33
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"O PCP condena e reitera a sua posição contrária à participação de Portugal nestes exercícios da NATO, tanto mais que materializam um elemento mais na escalada de tensão e confrontação que marca a situação internacional", refere o PCP num comunicado intitulado "Não aos exercícios militares da NATO. Defender a Constituição da República".

 

As críticas do PCP surgem a propósito do exercício da NATO ‘Trident Juncture’ que decorre em Portugal, Espanha e Itália, entre 21 de outubro e 06 de novembro, e no dia em que se realiza, em Lisboa, uma manifestação contra a iniciativa, organizada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).

 

O PCP adianta que os exercícios da NATO apontam para "um crescente belicismo e reforço desta organização como um bloco político-militar de natureza agressiva, responsável por alguns dos maiores crimes e conflitos ocorridos em várias partes do mundo, de que os milhões de refugiados são expressão".

 

"Numa situação em que os trabalhadores, os povos e países da Europa enfrentam sérias dificuldades resultantes da crise do capitalismo e do ataque a salários, pensões e outros rendimentos e direitos, os exercícios da NATO, desde logo pela sua dimensão e custos, constituem um libelo acusatório das verdadeiras prioridades da União Europeia e dos países da NATO, que insistem no aumento dos gastos militares", salientam os comunistas.

 

No comunicado, o PCP reitera a defesa da Constituição Portuguesa e apela à participação nas ações que dezenas de organizações portuguesas desenvolvem pela paz e contra os exercícios da NATO.

 

O Bloco de Esquerda de Beja também já se tinha manifestado contra o exercício da NATO na cidade, considerando que que "o povo português, já fustigado pela austeridade, dispensa jogos de guerra", que são "um desperdício inadmissível de recursos".

 

Em resposta, o Ministério da Defesa Nacional considerou que as declarações do BE de Beja "em nada ajudam ou servem os interesses nacionais".

 

"Este tipo de posições públicas, de partidos com responsabilidade parlamentar, como é o caso do Bloco de Esquerda, em nada ajudam ou servem os interesses nacionais. Em especial numa época em que são várias as ameaças à segurança e à paz, na comunidade internacional em que Portugal se insere", segundo uma nota do Ministério da Defesa Nacional, emitida na altura.

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