Notícia
PCP critica medidas "curtas e parciais" e acusa Governo de "embuste" sobre pensões
"As medidas que foram anunciadas pelo Governo são claramente curtas, parciais, não dão uma resposta estrutural aos problemas que o país enfrenta e deixam intocados os interesses dos grandes grupos económicos", defendeu o deputado Bruno Dias.
05 de Setembro de 2022 às 23:14
O PCP defendeu hoje que as soluções anunciadas pelo Governo para combater o contexto atual de inflação são "curtas e parciais" e acusou o executivo de "um embuste" relativamente às medidas dirigidas aos pensionistas.
"As medidas que foram anunciadas pelo Governo são claramente curtas, parciais, não dão uma resposta estrutural aos problemas que o país enfrenta e deixam intocados os interesses dos grandes grupos económicos", defendeu o deputado Bruno Dias, na Assembleia da República, em Lisboa, em declarações aos jornalistas.
O comunista reagia às medidas aprovadas pelo Governo hoje em Conselho de Ministros extraordinário que visam combater os impactos da inflação e que já foram entretanto promulgadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"No caso destas prestações, não só não se vai responder ao poder de compra que já se perdeu este ano, como, por outro lado, em relação aos pensionistas, estamos perante uma autêntica fraude, um verdadeiro embuste que tem de ser denunciado", acusou.
O primeiro-ministro anunciou hoje que, em outubro, os pensionistas vão ter um pagamento extra no valor equivalente a meia pensão e, a partir de janeiro, um aumento entre 4,43% e 3,53% em função do valor da sua pensão.
Bruno Dias continuou, salientando que "aquilo que está a ser anunciado é uma prestação que tem como contrapartida uma limitação que vai impedir a atualização das pensões de reforma nos termos que a lei exige".
"Se o governo pretende desde já avançar com prestações no sentido de responder de forma mais imediata ou mais pontual, então que avance, mas de modo nenhum isso pode substituir as atualizações e os aumentos das pensões de reforma e dos salários dos portugueses e ao mesmo tempo também do controlo dos preços dos bens essenciais para fazer face à situação no país", concluiu.
"Ao ser anunciado meia pensão, se contabilizarmos o que vai ser o resultado ao longo do ano de 2023 na atualização aquém daquilo que a lei hoje prevê, olhe, podemos dizer que é uma meia pensão que nem dá para o pequeno-almoço", detalhou o deputado.
Na opinião dos comunistas "aquilo que está a acontecer neste contexto é uma perspetiva de limitação abaixo daquilo que está obrigatoriamente previsto na atualização das pensões de reforma".
"As medidas que foram anunciadas pelo Governo são claramente curtas, parciais, não dão uma resposta estrutural aos problemas que o país enfrenta e deixam intocados os interesses dos grandes grupos económicos", defendeu o deputado Bruno Dias, na Assembleia da República, em Lisboa, em declarações aos jornalistas.
"No caso destas prestações, não só não se vai responder ao poder de compra que já se perdeu este ano, como, por outro lado, em relação aos pensionistas, estamos perante uma autêntica fraude, um verdadeiro embuste que tem de ser denunciado", acusou.
O primeiro-ministro anunciou hoje que, em outubro, os pensionistas vão ter um pagamento extra no valor equivalente a meia pensão e, a partir de janeiro, um aumento entre 4,43% e 3,53% em função do valor da sua pensão.
Bruno Dias continuou, salientando que "aquilo que está a ser anunciado é uma prestação que tem como contrapartida uma limitação que vai impedir a atualização das pensões de reforma nos termos que a lei exige".
"Se o governo pretende desde já avançar com prestações no sentido de responder de forma mais imediata ou mais pontual, então que avance, mas de modo nenhum isso pode substituir as atualizações e os aumentos das pensões de reforma e dos salários dos portugueses e ao mesmo tempo também do controlo dos preços dos bens essenciais para fazer face à situação no país", concluiu.
"Ao ser anunciado meia pensão, se contabilizarmos o que vai ser o resultado ao longo do ano de 2023 na atualização aquém daquilo que a lei hoje prevê, olhe, podemos dizer que é uma meia pensão que nem dá para o pequeno-almoço", detalhou o deputado.
Na opinião dos comunistas "aquilo que está a acontecer neste contexto é uma perspetiva de limitação abaixo daquilo que está obrigatoriamente previsto na atualização das pensões de reforma".