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Passos diz que Governo tem tido "cooperação extraordinária" de Bruxelas

O líder da oposição diz que António Costa não deverá contar com exigências do lado de Bruxelas. Numa entrevista ao Público, o líder do PSD antecipa que a DBRS manterá o rating a Portugal, e critica que o Governo esteja a travar a despesa de forma que "não é sustentável".

4º Passos Coelho, 1022 notícias - Passou de chefe do Governo a líder da oposição, mas continuou no centro da actualidade. Em quarto lugar, Passos Coelho é o primeiro com mais de mil notícias no Negócios este ano.
Negócios 21 de Outubro de 2016 às 09:34
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"Se há Governo que não se pode queixar da UE é este, porque tem tido uma cooperação extraordinária das instituições europeias", afirma Pedro Passos Coelho numa entrevista ao Público nesta sexta-feira, 21 de Outubro. "Não me parece que seja do lado da Comissão que se possam esperar restrições ou dificuldades", acrescenta.

 

E, na sua opinião, também a decisão da DBRS, agência canadiana que hoje se vai pronunciar sobre o rating da República não deverá preocupar o Governo. "A DBRS tem dito que se sente confortável com a notação que atribui a Portugal enquanto a UE e o BCE garantirem a dívida portuguesa, que é o que está a acontecer", explica.

 

Ainda assim, deixa uma alfinetada a António Costa: "é muito significativo que o primeiro-ministro exiba satisfação por não haver uma descida do rating, porque o que era de esperar era que nesta altura estivéssemos a celebrar a melhoria do rating".

 

Passos lembrou ainda que, apesar de ter dito que não precisava de medidas extraordinárias para cumprir o défice abaixo de 2,5%, veio depois anunciar a "regularização de dívidas para fazer encaixe financeiro ao Estado, quando ainda há três anos foi feito um".

 

Mas ainda assim, diz preferir "que o Governo atinja a meta recorrendo a medidas extraordinárias se for preciso", porque "o preço que todos pagaríamos por não o conseguir era muito superior". E o líder do PSD acusa o Executivo de estar a "travar a despesa do Estado de uma forma que não é sustentável" e de impor "uma poupança forçada aos serviços". Isso, diz, "significa que "das estradas aos hospitais, até às escolas e prisões, o Estado está sem dinheiro e está a prestar um mau serviço que não é sustentável para futuro".

 

Nesta entrevista, Passos admite a imposição de uma condição de recurso nas pensões mínimas e diz que desta vez o PSD poderá apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado.

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