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Passos: "Não fomos nós que vendemos a alma ao diabo para governar"

O presidente do PSD acusou hoje o PS de ter vendido a "alma ao diabo" para governar, referindo-se à coligação com BE, PCP e Verdes, e de apenas estar preocupado "com a sua sobrevivência política no dia-a-dia".  

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
27 de Setembro de 2017 às 15:37
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Num almoço de campanha com o candidato apoiado pelo PSD à Câmara Municipal de Coimbra, o independente Jaime Ramos, Pedro Passos Coelho reiterou a acusação ao Governo de sacrificar a prestação de "serviços públicos essenciais", na saúde, educação, inovação mas também protecção civil, segurança ou defesa.

 

"Porque se sacrifica tanto nos serviços que se prestam às pessoas? Isso acontece quando os políticos só estão preocupados com a sua sobrevivência política no dia-a-dia", criticou o líder do PSD.

 

Passos Coelho defendeu que o seu partido "tem uma abordagem totalmente diferente", admitindo que talvez seja essa a razão pela qual o PS e o Governo têm acusado o PSD de falta de sentido de Estado.

 

"Não fomos nós que vendemos a alma ao diabo para governar, não fomos nós que andámos a fazer de conta que problemas como os da segurança ou do euro eram questões menores", afirmou.

 

Passos Coelho socorreu-se dos dados mais recentes da execução orçamental para defender que "o padrão" de cortes na despesa de capital está a ser o mesmo do ano passado e sublinhou que não se trata apenas de cortes em obras públicas mas em serviços essenciais.

 

"A saúde está a pão e água, há dinheiro para salários, mas não há para mais nada", exemplificou.

 

Para Passos Coelho, se o padrão seguido este ano for o mesmo do ano passado o resultado será "uma degradação" dos serviços em todas as áreas essenciais.

 

"Chama-se a isto sacrificar o longo prazo e o futuro para poder criar a ilusão de que a curto prazo tudo vai bem", criticou.

 

O líder do PSD apontou como outro exemplo de investimento sacrificado o das acessibilidades em vários distritos e, no caso de Coimbra, da Via dos Duques, que deveria ligar a cidade a Viseu por auto-estrada.

 

"Ficou na prateleira, se tivesse de sair da prateleira tinha de ir a défice e o Governo não podia dizer, como diz, que é possível fazer essa espécie de milagre das rosas - já que estamos em Coimbra - de que bastou mudar o Governo e tirar de lá os malévolos para que fosse possível toda a gente viver melhor", ironizou.

 

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que hoje discursou no almoço, aproveitou também a sua intervenção para atacar o PS, que acusou de criar "casos e casinhos" nesta campanha eleitoral.

 

"O PS tem o topete, a ousadia, de acusar o PSD de não ter sentido de Estado, ao mesmo tempo que nos acusa de fabricar relatórios e plantar notícias nos jornais. O PS confunde os nossos hábitos com os do PS, nós não fabricamos nem plantamos relatórios", afirmou, defendendo que os socialistas "devem ao país" uma explicação sobre o que aconteceu com o furto do material militar em Tancos.

 

 

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