Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Passos acusa maioria parlamentar de "imobilismo" e de excluir visão de futuro

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou a maioria parlamentar de estar no "imobilismo" e de estar "esgotada", vivendo assente numa "cultura dos direitos adquiridos" que exclui uma visão de futuro.

Luís Costa/Correio da Manhã
13 de Agosto de 2017 às 23:32
  • ...

"Se os próximos dois anos de geringonça forem como os dois primeiros, teremos perdido uma legislatura a viver à conta do que se fez no passado e da conjuntura e nada a preparar o futuro", disse o líder do PSD este domingo, no discurso que proferiu na Festa do Pontal, em Quarteira, que marca a "rentrée" política do partido, referindo-se ao Governo minoritário do PS, apoiado no parlamento por PCP, BE e PEV.

 

Para Passos Coelho, "a geringonça está no imobilismo no que respeita ao futuro, está esgotada, porque realmente não deseja alterar nada para o futuro" e denota uma preferência "pela estatização e pela colectivização", querendo ao mesmo tempo "fazer passar a desconfiança sobre aquilo que não domine ou que não venha ao beija-mão".

 

De acordo com o líder do PSD, o país está "adiado do ponto de vista estrutural e cativado do ponto vista orçamental", em parte porque "quem governa hoje não tem um espírito reformista", o que, refere, foi notório nos primeiros dois anos da legislatura.

 

"O país não está apenas adiado, porque está adiado, não tem reformas, está cativado. Está cativado porque o Governo não tem coragem de dizer que aquilo que o país precisa não é aquilo que o Governo faz e que as opções que vai tomando custam dinheiro que é desviado de outras funções do Estado", declarou.

Aumento de pensões em Agosto tem motivos eleitoralistas


Passos Coelho sugeriu ainda que a atribuição, em Agosto, das pensões com os valores já actualizados está relacionada com motivos eleitoralistas.

 

"O Governo entendeu este ano fazer um aumento extraordinário das pensões e o ano, que começou em Janeiro, só pôde ter aumento extraordinário das pensões em Agosto, justamente a um mês da campanha eleitoral para as eleições autárquicas", declarou Passos Coelho.

 

O líder do PSD disse ainda que, num cenário em que fosse "qualquer outro Governo" a ter a "audácia" de anunciar um aumento extraordinário das pensões a um mês da campanha, "o que estaria a dizer-se pela comunicação social" e que "acusações não se estariam a lançar".

 

O aumento extraordinário das pensões, previsto no Orçamento do Estado para 2017, chegou este mês para os pensionistas com um montante global de pensões de valor igual ou inferior a 631,98 euros.

 

"A vontade de o Governo mudar alguma coisa que não seja por razões populistas e demagógicas a olhar para o curto prazo ou está na gaveta, ou simplesmente não está nas intenções de quem governa", concluiu.

Ver comentários
Saber mais Passos Coelho Festa do Pontal PSD política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio