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Oposição condena continuidade em funções de Miguel Relvas no Governo

Os partidos da oposição condenaram hoje a continuidade de responsáveis demissionários no Governo, nomeadamente Miguel Relvas e Almeida Henriques, dizendo tratar-se de um "irregular funcionamento das instituições democráticas".

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Abril de 2013 às 17:26
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"Assistimos a factos inauditos que pensávamos não ser possíveis depois da revolução do 25 de Abril. Tribunal Constitucional é atacado por defender a Constituição, que é a sua função. Há um ministro demissionário, mas não exonerado e um secretário de Estado não remodelado, mas em funções a prazo", afirmou o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho.

 

Após uma declaração política do comunista Bernardino Soares, o qual tinha dito que "o Governo está de facto a cair com os ministros e secretários de Estado que anunciam as demissões e depois não se demitem de facto", também o Bloco de Esquerda e "Os Verdes" criticaram a situação.

 

"Temos um ministro em estado vegetativo, ligado a uma máquina qualquer, só não se sabe quem comanda a máquina", afirmou o bloquista Luís Fazenda, acrescentando que "o Governo não tem uns jardins suspensos, mas tem um Relvas suspenso".

 

O socialista José Junqueiro questionou igualmente "como é que há governantes no passivo a tomarem iniciativas governamentais e outros no activo que não estão a fazer nada", referindo-se a Almeida e Henriques e a Miguel Relvas, respectivamente.

 

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares viu a sua demissão aceite pelo primeiro-ministro na passada quinta-feira, mas ainda não houve despacho de exoneração de funções, enquanto o secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional comunicou a sua saída do Governo para se candidatar à autarquia de Viseu, embora permanecendo no cargo até 15 de maio.

 

"É uma situação de absurdo e apetece-me citar aqui a letra de uma banda que é Os Gaiteiros de Lisboa -- 'fez sábado, quinta-feira'...", ironizou o comunista António Filipe.

 

A parlamentar ecologista Heloísa Apolónia afirmou que "o ainda ministro Relvas está para o Governo como o Governo está para os portugueses - ainda lá está, mas sem qualquer legitimidade".

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