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"O Governo quer eleições antecipadas", acusa Pedro Nuno Santos
O líder do PS criticou duramente a intervenção do primeiro-ministro ontem no Pontal e considerou que o suplemento extraordinário a pagar aos pensionistas é um sinal claro de que "o Governo quer e está convencido que precisa de eleições antecipadas".
O secretário-geral do PS considerou esta quinta-feira que o discurso do primeiro-ministro, Luís Montenegro, ontem no Pontal indicia que "o Governo quer eleições antecipadas".
Em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos começou por criticar a "incompetência" do Executivo na Saúde, lembrando que "foram criadas expectativas durante a campanha eleitoral de que iriam tomar medidas de emergência e resolver os problemas urgentes no SNS". "As urgências estão neste verão pior do que há um ano", sublinhou.
E o líder socialista salientou que a responsabilidade é do primeiro-ministro. "A ministra da Saúde não tomou decisões sem o aval do primeiro-ministro. Foi o primeiro-ministro que a nomeou, é ele que decide a sua manutenção e as políticas e medidas têm, obviamente, a sua concordância", reforçou.
Já sobre as medidas anunciadas ontem por Montenegro - o passe ferroviário a 20 euros e um suplemento extraordinário para os pensionistas -, Pedro Nuno lembrou que o passe ferroviário era uma medida que estava no Orçamento do Estado para este ano e que só faltava implementá-la. Já sobre o suplemento extraordinário, o líder socialista foi mais contundente: "Fica claro que o Governo quer e está convencido que precisa de eleições antecipadas".
Ainda sobre este tema, Pedro Nuno Santos apontou que "o Governo disse que a situação orçamental era muito pior do que o anterior Governo dizia, mas tem dinheiro para este apoio extraordinário".
"Este aumento não é permanente. Este é um aumento que tem outro objetivo, que é um objetivo eleitoral", reiterou.
Para o líder do maior partido da oposição, "as medidas que foram anunciadas ontem são uma fuga para a frente".
"Aquilo que se tem verificado nestes últimos meses é que este Governo não sabe governar", atirou.
Sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2025, Pedro Nuno Santos considerou que "tem sido colocada uma pressão sobre o PS no que diz respeito ao OE que não é aceitável". "O Partido Socialista perdeu as eleições. Está na oposição. Não chateiem o PS", afirmou. "Celebraram no país inteiro que tinha havido uma viragem à direita. Então a direita que hoje é largamente maioritária que resolva o problema", reforçou.
"Comigo a liderar o PS nós não somos muleta do PSD. Nós não aprovamos Orçamentos de olhos fechados. Isso não existe para o PS", rematou.
Notícia atualizada às 19:19