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"O CDS está ferido, mas não de morte". Nuno Melo é candidato à liderança do partido

Eurodeputado considera que o resultado alcançado nas eleições de domingo "foi trágico", mas "não pode ser encarado como o fim do partido, antes sim, como a oportunidade para um recomeço". "O CDS faz falta a Portugal", defende.

01 de Fevereiro de 2022 às 10:38
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O eurodeputado Nuno Melo anunciou esta terça-feira que será candidato à liderança do CDS no próximo congresso. Depois de ter perdido a representação parlamentar que tinha, Nuno Melo diz que o CDS "está ferido, mas não de morte", e que é altura de dar um novo recomeço ao partido.

"Farei um conjunto de contactos para confirmar que há condições institucionais e práticos para que o CDS possa começar um caminho novo, unificador, mobilizador e respeitador. Apurando-se esse quadro de normalidade, serei candidato à presidência do CDS no próximo congresso", refere, numa mensagem enviada às redações.

Nuno Melo considera que o resultado alcançado nas eleições de domingo, com o CDS a não conseguir ir além dos 1,61% (86.578 votos) "foi trágico", mas "não pode ser encarado como o fim do partido, antes sim, como a oportunidade para um recomeço". "O CDS faz falta a Portugal", defende.

Numa crítica à liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, que anunciou a demissão depois de serem conhecidos os resultados eleitorais, diz que, "em democracia não se cresce subtraindo" e que o adiamento do congresso em véspera de eleições legislativas "desmobilizou o CDS" e afastou parte do eleitorado.

"Embora o resultado agora obtido confirme inteiramente os meus alertas, não tenciono concentrar-me em ajustes de contas com o passado. Sou presentemente o único deputado com mandato e palco nacional e europeu do CDS. Nunca virei as costas ao meu partido e não abandono o CDS no momento mais difícil da sua história", diz.

Nuno Melo garante ainda que fará os possíveis para reerguer o partido e que tudo fará para que "o CDS não acabe aqui". Faz ainda um apelo aos antigos militantes e quadros do CDS que "emprestarem o seu voto a outras opções políticas", como o Chega e Iniciativa Liberal, para que voltem e "ajudem nos desafios tao difíceis do futuro próximo".

"Do mesmo modo, faço um apelo aos nossos militantes para que não baixem os braços . Acreditem que superar esta crise vai ser possível, mas para tanto, o CDS precisa de todos", diz, acrescentando que "o CDS está ferido, mas não de morte" e que continua a "governar sozinho 6 autarquias, muitas mais em coligação, e está presente nos governos regionais dos Açores e da Madeira".

O atual líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu a demissão após serem conhecidos os resultados, por ter deixado de "reunir condições para continuar a liderar". Ainda assim, garante que não abandonará o partido e que continuará a "afirmar a voz de uma direita social cristã conservadora nos costumes".
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