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Nicolás Maduro convoca oposição venezuelana para um novo diálogo

O Presidente da Venezuela convocou a oposição para um novo diálogo, depois milhares de venezuelanos se manifestarem nas principais cidades do país contra a violação da Constituição e a exigir eleições livres no país.

Reuters
20 de Abril de 2017 às 00:52
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"Jorge Rodríguez (autarca do município Libertador), Elías Jaua Milano (ministro da Educação) e Delcy Rodríguez (ministra de Relações Exteriores) são os meus três porta-vozes para o diálogo nacional", anunciou esta noite o Presidente da Venezuela.

 

Nicolás Maduro falava na Avenida Bolívar, de Caracas, perante milhares de simpatizantes que marcharam para assinalar os 207 anos de um movimento popular que deu início à independência da Venezuela e que se manifestavam igualmente em defesa da soberania do país e contra as alegadas intenções dos Estados Unidos de impulsionar um golpe de Estado contra o seu Governo.

 

"Dou-lhes todo o poder para convocar, nas próximas horas e dias, com elevação e com honra, todos os sectores da oposição que queiram sentar-se a dialogar sobre o futuro do país e pela paz", frisou.

 

O Presidente da Venezuela disse ainda que está pronto para reunir-se e "ver-se cara a cara com os porta-vozes da oposição, para dizer-lhes quatro verdades, outra vez, e pedir-lhes, em nome de milhões de homens e mulheres da Venezuela, que rectifiquem e que terminem com a violência e o golpismo".

 

Por outro lado, anunciou que foi detido um homem chamado "El Jefferson", acusado de pertencer a um grupo "terrorista golpista" que seria financiado pelo opositor venezuelano Richard Blanco.

 

"'El Jefferson' foi capturado com armas, explosivos e planos de violência. Está como Pavarotti (a 'cantar' informações) e identificou Richard Blanco como chefe e financiador. Estamos a desmantelar um golpe de Estado terrorista e violento", vincou.

 

Dezenas de milhares de venezuelanos saíram esta quarta-feira às ruas de algumas das principais cidades do país para protestar contra o que dizem ser uma ruptura constitucional, para pedir o fim da "ditadura" e a realização de eleições livres.

 

Os manifestantes protestam ainda contra duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concedeu poderes especiais ao chefe de Estado, limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento.

 

Fontes não oficiais dão conta de que pelo menos duas pessoas morreram durante as manifestações opositoras de quarta-feira, uma no Estado de Táchira e outra na capital.

 

As mesmas fontes adiantam que a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) atacou os manifestantes com bombas de gás lacrimogéneo, quando marcharam pela auto-estrada Francisco Fajardo, no leste de Caracas. Mais de uma centena de manifestantes foram detidos pelas autoridades.

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