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Montenegro promete avaliação das "mais de 2.000 medidas" tomadas pelo Governo

Num discurso no jantar de Natal da bancada do PSD no Parlamento, o primeiro-ministro passou por algumas das medidas já tomadas, em áreas como fiscalidade, juventude, habitação ou desporto, e deteve-se nos serviços públicos.

17 de Dezembro de 2024 às 23:13
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O primeiro-ministro prometeu esta terça-feira que o Governo irá fazer uma avaliação das "mais de 2.000 medidas" já tomadas e criticou "a herança e o legado" do PS, dizendo que é este executivo que "está a salvar o Estado social".

No jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PSD, na Assembleia da República, Luís Montenegro criticou aqueles que "de forma precipitada andam por aí a dizer que está na hora de o Governo apresentar resultados, está na hora de transformar".

"Eu convido-os, vão ver os resultados e vão ver as transformações. Nós um dia destes vamos fazer uma avaliação das mais de duas mil medidas que já tomámos. Vamos fazer uma avaliação, um ponto de situação, um escrutínio, nós vamos escrutinar-nos a nós próprios, nós somos exigentes connosco próprios", prometeu.

O primeiro-ministro considerou que "Portugal esteve em movimento" nos últimos oito meses -- desde que o Governo PSD/CDS-PP tomou posse, em 03 de abril -- e "vai continuar em movimento nos próximos quatro anos".

Num discurso de cerca de meia hora, Montenegro passou por algumas das medidas já tomadas, em áreas como fiscalidade, juventude, habitação ou desporto, e deteve-se nos serviços públicos.

"É verdade, nós estamos a salvar o Estado social. Nós temos sido fustigados em algumas áreas da governação por aqueles que trouxeram essas áreas da governação até ao limiar da degradação total", acusou.

Montenegro admitiu, por exemplo, que o país tem "graves problemas no sistema de saúde, mas esses problemas não nasceram no dia 02 de Abril".

"Esses problemas foram acumulados ao longo dos últimos oito anos e nós estamos a resolvê-los com a adoção de políticas concretas, umas que respondem a situações mais emergentes e outras que respondem a transformações mais estruturais, mais profundas, cujo resultado só acabará por ser notado um pouco mais à frente", disse, criticando igualmente "a herança e o legado" deixado pelo PS na educação.

O primeiro-ministro assegurou que no Governo existe "muito bom ambiente", que diz observar também no grupo parlamentar do PSD, e voltou a deixar críticas à oposição.

"Não temos crises existenciais, não temos complexos com as decisões, não andamos a ziguezaguear, sabemos para onde é que queremos ir, estamos aí para onde queremos ir", assegurou.

Montenegro defendeu que o país não dá importância aos "epifenómenos dos que só procuram uma notícia no jornal, na rádio, na televisão, no Facebook, no Instagram e, sobretudo, no Tiktok".

"Vamos continuar em movimento, vamos continuar com alegria, vamos continuar com coesão, vamos continuar com um bom ambiente, vamos continuar com espírito construtivo, com respeito pelos nossos adversários, sem nos distrairmos com aquilo que interessa pouco", disse.

No início do jantar, Montenegro recebeu do líder parlamentar e secretário-geral do PSD, Hugo Soares, uma fotografia sua a discursar no parlamento e um livro que reúne os principais momentos da campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março.

Em troca, o primeiro-ministro ofereceu a Hugo Soares duas peças para "o continuar a orientar no bom caminho": um astrolábio de Aveiro e um relógio noturno para "não perder o sentido correto de orientação".

"Preocupou-me o relógio noturno, significa que ainda temos de trabalhar mais horas", respondeu o presidente da bancada social-democrata em tom bem-disposto, num jantar em que se ouviu por duas vezes o hino da campanha.

Marcaram presença o deputado do PSD e presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o líder do CDS-PP (partido parceiro da coligação) e ministro da Defesa Nuno Melo, vários outros governantes -- como Paulo Rangel, Castro Almeida, Pedro Duarte, Ana Paula Martins, Margarida Blasco, Rita Alarcão Júdice, Rosário Palma Ramalho, Graça Carvalho -, bem como outros membros da direção e presidentes de distritais.
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