Notícia
Moedas é candidato a Lisboa para congregar e "resolver problemas concretos das pessoas"
O antigo comissário europeu mostrou-se confiante na eleição como presidente da câmara de Lisboa e diz ser candidato para "congregar o espaço não socialista" e "derrotar esta governação da cidade de já quase 14 anos". Carlos Moedas tem como grande objetivo resolver os "problemas concretos das pessoas" e promete assumir mandato de vereador se perder.
Ante o "chamamento" de se candidatar à presidência da câmara de Lisboa, e porque "este não era o momento de dizer não", Carlos Moedas decidiu avançar para "derrotar esta governação da cidade de já quase 14 anos", dar asas ao "sonho" de presidir ao município lisboeta e assim poder "resolver os problemas concretos das pessoas".
Antes ainda da intervenção que formalizou a candidatura à capital, feita a partir do átrio do Instituto Superior Técnico, onde se licenciou em engenharia, viu-se um vídeo promocional em que o ex-comissário europeu faz duras críticas à governação de António Costa, primeiro, e de Fernando Medina, depois, que promoveu uma "Lisboa fechada numa ideia de lucro fácil" e "inacessível" aos seus residentes para concluir que é uma cidade que "podia servir os lisboetas, mas tem-se servido deles como figurantes num circo de aparências e vaidades".
Estava dado o mote para para o eixo central da candidatura de Carlos Moedas, voltada para todos quantos estejam "cansados da governação socialista destes 14 anos", a qual foi incapaz de perceber que chegaram "novos tempos".
É por isso que o antigo secretário de Estado de Passos Coelho considera que nesta eleição está em causa uma escolha "entre o passado e o futuro" que obrigará os lisboetas a escolherem entre "mais do mesmo ou um projeto que é diferente".
E essa diferença reside sobretudo numa espécie de gestão autárquica de rosto humano porque "centrada nas pessoas, na resolução dos problemas concretos das pessoas" e, portanto, preparada para a "reconstrução do que é a nossa cidade". Reconstrução que terá de assentar em cinco eixos: cultura, ambiente, planos social e económico e, em especial, a "parte humana".
Carlos Moedas fica
Além de rejeitar que esta candidatura seja um trampolim para uma futura liderança do PSD - "estou aqui para isto, para ser presidente da câmara de Lisboa, é isso que eu quero, é para isso que me lanço" -, Carlos Moedas assegurou que se perder assumirá, "como sempre", as suas responsabilidades, leia-se ficar como vereador do município. Mas o social-democrata não acredita que esse cenário venha a colocar-se: "vamos ganhar as eleições, as pessoas querem mudança".
Assumiu ainda a intenção de montar uma megacoligação (poderá chegar às 10 forças se a Iniciativa Liberal o apoiar), agradeceu o apoio do PSD e CDS, assim como do PPM, MPT e Aliança, e admitiu estar em "conversações" para garantir o suporte da IL e, desse modo, "congregar este espaço que chamaria de não socialista, moderado e progressista".
No entanto, e apesar de considerar fundamental para a democracia "unir o centro-direita em Portugal" (o que exclui o Chega, aliás já excluído pelo acordo nacional para as autárquicas feito entre PSD e CDS), Moedas quer mais do que uma mera aliança de partidos, quer congregar "sobretudo independentes, a sociedade civil e os desencantados com a política" pois "este projeto é diferente".
"Numa cidade, a coisa mais importante são as pequenas coisas"
Depois de criticar o socialista Fernando Medina pelo incumprimento das promessas feitas sobre habitação, designadamente a disponibilização de 6 mil casas com rendas acessíveis, a criação de novos centros de saúde e mobilidade, Carlos Moedas apontou como missão "reconstruir" a cidade e apoiar os "mais desprotegidos", sempre com a "cultura ao centro" das prioridades.
Afirmando a diferença para o atual poder em Lisboa, o até aqui administrador da Gulbenkian apontou o dedo ao "trânsito que antes da pandemia se tornou insuportável" e à "sujidade nas ruas" para defender a capital "não cuida das pequenas coisas e, numa cidade, a coisa mais importante são as pequenas coisas", aquelas que "fazem a diferença na nossa vida". Uma leitura que considera agora ainda mais importante devido aos efeitos sociais da crise pandémica, em particular pela necessidade agravada de "proteger os mais velhos, os mais novos e os mais vulneráveis".
Sendo certo que Moedas não quer usar Lisboa como rampa de lançamento para outros voos políticos, o ex-dirigente europeu acredita e defende que a gestão autárquica de uma grande cidade como a capital portuguesa deve servir para indicar "o rumo" a seguir e para "desafiar os poderes instituídos".
"São as cidades que desafiam o poder central", atirou para concluir com um desejo final: "criar uma Lisboa que seja global do Tejo para o mundo, mas também uma Lisboa que seja local, capaz de resolver os problemas das pessoas, os problemas de todos os dias".
(Notícia atualizada)
Antes ainda da intervenção que formalizou a candidatura à capital, feita a partir do átrio do Instituto Superior Técnico, onde se licenciou em engenharia, viu-se um vídeo promocional em que o ex-comissário europeu faz duras críticas à governação de António Costa, primeiro, e de Fernando Medina, depois, que promoveu uma "Lisboa fechada numa ideia de lucro fácil" e "inacessível" aos seus residentes para concluir que é uma cidade que "podia servir os lisboetas, mas tem-se servido deles como figurantes num circo de aparências e vaidades".
É por isso que o antigo secretário de Estado de Passos Coelho considera que nesta eleição está em causa uma escolha "entre o passado e o futuro" que obrigará os lisboetas a escolherem entre "mais do mesmo ou um projeto que é diferente".
E essa diferença reside sobretudo numa espécie de gestão autárquica de rosto humano porque "centrada nas pessoas, na resolução dos problemas concretos das pessoas" e, portanto, preparada para a "reconstrução do que é a nossa cidade". Reconstrução que terá de assentar em cinco eixos: cultura, ambiente, planos social e económico e, em especial, a "parte humana".
Carlos Moedas fica
Além de rejeitar que esta candidatura seja um trampolim para uma futura liderança do PSD - "estou aqui para isto, para ser presidente da câmara de Lisboa, é isso que eu quero, é para isso que me lanço" -, Carlos Moedas assegurou que se perder assumirá, "como sempre", as suas responsabilidades, leia-se ficar como vereador do município. Mas o social-democrata não acredita que esse cenário venha a colocar-se: "vamos ganhar as eleições, as pessoas querem mudança".
Assumiu ainda a intenção de montar uma megacoligação (poderá chegar às 10 forças se a Iniciativa Liberal o apoiar), agradeceu o apoio do PSD e CDS, assim como do PPM, MPT e Aliança, e admitiu estar em "conversações" para garantir o suporte da IL e, desse modo, "congregar este espaço que chamaria de não socialista, moderado e progressista".
No entanto, e apesar de considerar fundamental para a democracia "unir o centro-direita em Portugal" (o que exclui o Chega, aliás já excluído pelo acordo nacional para as autárquicas feito entre PSD e CDS), Moedas quer mais do que uma mera aliança de partidos, quer congregar "sobretudo independentes, a sociedade civil e os desencantados com a política" pois "este projeto é diferente".
"Numa cidade, a coisa mais importante são as pequenas coisas"
Depois de criticar o socialista Fernando Medina pelo incumprimento das promessas feitas sobre habitação, designadamente a disponibilização de 6 mil casas com rendas acessíveis, a criação de novos centros de saúde e mobilidade, Carlos Moedas apontou como missão "reconstruir" a cidade e apoiar os "mais desprotegidos", sempre com a "cultura ao centro" das prioridades.
Afirmando a diferença para o atual poder em Lisboa, o até aqui administrador da Gulbenkian apontou o dedo ao "trânsito que antes da pandemia se tornou insuportável" e à "sujidade nas ruas" para defender a capital "não cuida das pequenas coisas e, numa cidade, a coisa mais importante são as pequenas coisas", aquelas que "fazem a diferença na nossa vida". Uma leitura que considera agora ainda mais importante devido aos efeitos sociais da crise pandémica, em particular pela necessidade agravada de "proteger os mais velhos, os mais novos e os mais vulneráveis".
Sendo certo que Moedas não quer usar Lisboa como rampa de lançamento para outros voos políticos, o ex-dirigente europeu acredita e defende que a gestão autárquica de uma grande cidade como a capital portuguesa deve servir para indicar "o rumo" a seguir e para "desafiar os poderes instituídos".
"São as cidades que desafiam o poder central", atirou para concluir com um desejo final: "criar uma Lisboa que seja global do Tejo para o mundo, mas também uma Lisboa que seja local, capaz de resolver os problemas das pessoas, os problemas de todos os dias".
(Notícia atualizada)