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Moedas diz que turismo de cruzeiros “não interessa” a Lisboa. “O problema é que há uma concessão de 20 anos”
Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, o presidente da Câmara de Lisboa diz que nunca teria tomado a decisão de avançar para o terminal de cruzeiros. Defende limitações ao número de TVDE, mas acrescenta que a competência é do Governo.
"Se pudesse reverter essa situação e não ter cruzeiros em Lisboa, eu revertia". O presidente da Câmara Municipal de Lisboa sustenta que o turismo de cruzeiros "não interessa" a Lisboa, mas acrescenta que não pode reverter a decisão devido à "concessão de vinte anos".
Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, Carlos Moedas começa por reiterar que não há turismo a mais em Lisboa, mas antes "turismo a mais em certas zonas da cidade".
E dá o exemplo do terminal de cruzeiros. "É uma decisão que nunca teria tomado. Se eu pudesse reverter esta situação e não ter cruzeiros em Lisboa, eu revertia. O problema é que há uma concessão de 20 anos. Não posso fazer isso", diz Carlos Moedas.
"Não estou de acordo com os cruzeiros em Lisboa, neste momento. Nem pensar. Acho que é um turismo que não ajuda nada na cidade, nem interessa à cidade", acrescenta.
Questionado sobre o que tem feito para reduzir a pressão nalgumas zonas da cidade, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que não revela se se vai recandidatar, lembra que duplicou a taxa turística e que vai inaugurar equipamentos fora do centro e que ainda aguarda que seja possível instalar na baixa um sistema de câmaras que permita identificar quem reside e quem trabalha nessa zona.
Sobre o trânsito, defende que "tem que haver uma limitação dos TVDE", mas acrescenta igualmente que esta é uma medida tem de ser tomada "pelo Estado central" e não pela autarquia.