À terceira não foi de vez. O PCP voltou a apresentar uma moção de censura e ela voltou a ser rejeitada. Foi a terceira apresentada pelos comunistas e a sexta já enfrentada pelo Governo. As bancadas da maioria garantiram 123 votos contra a moção, oito acima dos necessários. Já a esquerda não conseguiu mais do que 89 votos. No PS todos os deputados cumpriram a orientação de voto, mas nove deputados não estiveram na votação. Um deles foi Francisco Assis.

PSD, com 101 votos, e o CDS, com 22, chumbaram pela sexta vez uma moção de censura ao Governo. PS (65 votos), PCP (14), Bloco de Esquerda (oito) e Verdes (dois votos) votaram a favor mas não conseguiram reunir mais do que 89 votos. O PS, que tem 74 deputados, só teve 65 parlamentares a votar a moção, o que indica que nove deputados não estiveram no plenário. Francisco Assis, um dos apoiantes de Seguro mas também crítico do voto a favor da moção, não marcou presença no momento da votação.

Apesar de ontem o grupo parlamentar ter enfrentado divergências quando tentou acertar o sentido de voto, esta manhã nenhum deputado fugiu ao voto a favor. Algo que aconteceu, antecipou Luís Montenegro ainda durante o debate, porque António Costa também defendia que o PS devia votar a favor da moção.

Os socialistas entregaram uma declaração de voto em nome de toda a bancada, onde o partido vai esclarecer que apesar de ter votado a favor, não concorda com o texto dos comunistas. Segundo esclareceu José Junqueiro, também durante o debate, o PS está "em total desacordo com as nacionalizações, com a saída do euro, e o incumprimento da dívida", por ser "a favor de cumprir as nossas obrigações e do rigor orçamental".