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Ministro da Economia: "As agências de rating têm os seus tempos"
O ministro da Economia acredita que, estando Portugal "no bom caminho em termos económicos", as agências de notação "serão obrigadas a rever o nosso rating". Mas compreende o compasso de espera. "As agências de rating têm os seus tempos..."
As conclusões de um trabalho sobre Portugal do Financial Times desta quinta-feira, 4 de Maio, dando conta do bom andamento da "geringonça" e do optimismo dos investidores no retorno dos investimentos em obrigações portuguesas, constituem para o ministro português da Economia "mais um sinal de que há mais confiança internacional em Portugal".
"Também as instituições financeiras estão hoje a reconhecer que Portugal está mais sólido e mais estável no sector financeiro, mais sólido nas contas públicas, mais estável na robustez do crescimento económico. São bons sinais, são sinais que significam que estamos a trabalhar no sentido certo e que nos dão o ímpeto para trabalhar ainda mais" afirmou Caldeira Cabral, esta sexta-feira, 5 de Maio, no Porto, em declarações aos jornalistas.
Apesar de as agências de "rating", com a excepção da DBRS, continuarem a classificar a dívida portuguesa ao nível do lixo, o ministro da Economia considera que, "lendo os relatórios das próprias agências de notação financeira, se nota já hoje que elas próprias reconhecem os mesmos sinais que o Financial Times e outras instituições internacionais reconhecem: a melhoria das condições financeiras e económicas do país".
Para Cabral, que falava aos jornalistas no final da tomada de posse dos novos órgãos sociais da associação patronal do calçado (APICCAPS), Portugal "já mudou os dados fundamentais que as próprias agências de rating referiam".
Neste momento, enfatizou o ministro, "estamos a ser o segundo país da Europa que mais cresce, com um crescimento acima da média da União Europeia, com a dívida a descer, com o défice [orçamental] mais baixo dos últimos 40 anos..."
Sinais "positivos" que levam Caldeira Cabral a fazer um apelo às agências de rating: "Olhem para os números, façam uma análise objectiva."
E depois? "Depois, penso que serão obrigadas a rever o nosso rating", rematou o ministro da Economia, apesar de também pensar que "as agências de rating têm os seus tempos.