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Medina: "Temos condições para continuar a reduzir a nossa dívida externa"

Ministro das Finanças referiu, na conferência "O Poder de Fazer Acontecer" do Negócios, que Portugal tem condições para continuar a reduzir o endividamento externo das famílias, empresas e Estado nos próximos anos. Redução deverá acontecer mesmo com inflação a desacelerar.

Miguel Baltazar
Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 21 de Novembro de 2023 às 10:35
O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu esta terça-feira que Portugal tem condições para continuar a reduzir o endividamento externo nos próximos anos, apesar de a taxa de inflação estar a abrandar.

"A dívida pública tem condições para continuar a descer. O saldo externo está excedentário e as projeções para os próximos anos também apontam nesse sentido. Isso quer dizer que temos também condições para continuar a reduzir a nossa dívida externa", referiu na conferência "O Poder de Fazer Acontecer" do Jornal de Negócios.

Fernando Medina destacou que, "nos últimos anos, Estado, famílias e empresas têm vindo a diminuir o seu endividamento". "Como país devemos menos, o que significa contas certas de todos: empresas, famílias e Estado", disse, salientando que essa redução do endividamento "é um pré-requisito" para os ganhos de credibilidade junto dos mercado internacionais.

No caso da dívida pública, Fernando Medina reiterou que, este ano, deverá ficar "abaixo dos 103% do PIB", um peso inferior ao da Grécia, Itália, Espanha, França e Bélgica. Já no próximo ano, "se os planos orçamentais forem cumpridos como previsto, a dívida pública ficará abaixo dos 100% do PIB, um patamar diferenciador", salientou.

Em grande medida, a redução da dívida pública é explicada pela subida da inflação. Em 2022, a inflação contribuiu em cerca de um terço para o corte da dívida, tendo em conta que a subida generalizada dos preços faz "insuflar" o PIB nominal, que serve de denominador ao rácio da dívida pública.

Porém, apesar de a inflação estar em trajetória descendente, o ministro das Finanças mantém a convicção de que o rácio da dívida deverá continuar a diminuir.

Por outro lado, a inflação tem também possibilitado uma descida da dívida privada, de famílias e empresas. "O endividamento das famílias no segundo trimestre de 2023 baixou para menos de 60%, quando estava acima de 80% em 2016. A das empresas recuou para 116% do PIB, quando era de 150% em 2015", indicou.

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