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McCarthy antes de reunião com Biden: "É preciso que se comece a tomar decisões"

Decorre esta segunda-feira uma nova ronda de negociações entre democratas e republicanos para tentar evitar um incumprimento dos Estados Unidos. Presidente da maioria republicana na Câmara do Representantes apela a decisão após manhã que classificou como produtiva.

Shawn Thew / Lusa-EPA
22 de Maio de 2023 às 21:55
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É necessário um acordo sobre o tecto da dívida nos Estados esta semana para evitar um incumprimento catastrófico nos Estados Unidos, afirmou o porta-voz da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, em declarações à Bloomberg.

McCarthy volta a reunir-se com o presidente norte-americano, Joe Biden, esta segunda-feira, com o encontro a iniciar-se às 17:30 de Washington (22:30 de Lisboa). Uma reunião que tem mais relevância pelo aproximar da data apontada pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, como a de risco de entrada em incumprimento - 1 de junho.

"Podemos conseguir um acordo hoje, podemos conseguir um acordo amanhã. Mas é preciso que se comece a tomar decisões", afirmou o representante da maioria republicana na "House", classificando as conversações que decorreram esta manhã com a Casa Branca como produtivas.

Apesar do otimismo demonstrado, certo é que ainda não houve acordo e a última reunião foi apontada como um "passo atrás".

Os democratas e republicanos estão em desacordo em vários pontos, tendo, no domingo, Joe Biden acusado a oposição de extremismo. "É tempo de a outra parte abandonar as suas posições extremas, porque muito do que já propuseram é simplesmente, francamente, inaceitável", disse Biden na cidade japonesa de Hiroshima, no final da cimeira do G7. Entre as exigências dos republicanos está a redução da despesa federal para os níveis do ano passado, o que se traduz num corte de 130 mil milhões de dólares no orçamento.

E os alertas para um risco de incumprimento já no início de junho foram hoje novamente reforçados por Janet Yellen, com a secretária do Tesouro dos EUA a referir, numa carta enviada aos congressistas, que é "altamente provável" que o seu departamento fique sem dinheiro para cumprir as obrigações no início do próximo mês, podendo esse momento ocorrer logo a 1 de junho. Há uma semana, o discurso era de que tal seria "provável". 

Um incumprimento da maior economia do mundo teria ramificações profundas, com Yellen a alertar para o risco de colocar o país numa recessão.
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