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Mariana Mortágua: "Estamos prontos" para ser governo

A dirigente bloquista Mariana Mortágua garantiu hoje que o BE está "pronto" para integrar o governo, numa intervenção muito crítica da "irresponsabilidade" da gestão das contas públicas.

Mariana Mortágua durante a intervenção este domingo na Convenção do Bloco.
11 de Novembro de 2018 às 11:58
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"Estamos prontos! Somos uma força capaz, uma força de propostas e de coragem", afirmou Maria Mortágua ao intervir no segundo de dois dias da XI Convenção Nacional do BE, que termina hoje no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.

O Bloco é uma "força capaz" e, por isso, vai lutar para ser governo após as legislativas do próximo ano, prometeu a vice-presidente do Grupo Parlamentar do BE, depois de criticar a gestão das contas do Estado praticada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.

Mortágua lembrou o princípio de Mário Centeno de que ou a economia crescia ou seria preciso cortar pensões e liberalizar despedimentos, concluindo que o ministro "estava correto".

Só que "o emprego cresceu", "transformou-se em segurança para muita gente" e não foi preciso congelar pensões, nem liberalizar despedimentos. Pelo contrário, as pensões foram aumentadas e não houve liberalização de despedimentos, recordou.

"A proposta de Mário Centeno já era o plano de Bruxelas antes de ser ministro. Mas o país não cedeu a Bruxelas", insistiu, criticando depois o dinheiro aplicado na recapitalização do Banif e do Novo Banco, que poderia ter servido para investir na economia e melhorar o nível de vida das pessoas.

"O que teria acontecido se tivéssemos aplicado este princípio a outras áreas? Teríamos investido no que é nosso e não naquilo que amanhã será de outro Ricardo Salgado", comentou, criticando "a irresponsabilidade" de prosseguir "a gestão das contas públicas numa ótica de curto prazo" naquilo que é também "uma enorme cedência a Bruxelas".

Mariana Mortágua sustentou que "o PS propagandeia o défice zero" mas considerou que "não há pior défice que a pobreza e uma escola pública e um Serviço Nacional de Saúde esburacados".

Ao apontar o muito que falta fazer e corrigir na área económica e financeira para promover o bem-estar, a deputada do BE deu a imagem do presidente executivo da EDP, António Mexia, que "ganha num mês aquilo que a rapariga do 'call center' demora mais de 200 anos a ganhar".
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