Notícia
Marcelo Rebelo de Sousa lembra as muitas revoluções dentro da Revolução
No discurso dos 50 anos do 25 de abril, o Presidente da República focou-se nos anos complexos que se seguiram à Revolução e deixou um especial cumprimento às figuras que mais se destacaram no período da democracia.
O Presidente da República tomou a palavra no hemiciclo da Assembleia da República para lembrar que "dentro de uma revolução há inúmeras revoluções", numa altura em que a polarização do debate sobre o 25 de abril na praça pública se acentua.
Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer que a Revolução que depôs 48 anos de ditadura "parece que foi ontem ou anteontem, mas não foi". É preciso compreender o 25 de abril, frisou o Chefe de Estado, uma data que "uniu mas dividiu".
O Presidente recordou as várias tentativas - falhadas - de derrubar o regime, justificando com as colónias o facto de a Revolução ter acontecido tão tarde.
Foi também a guerra colonial que deu força aos militares para fazerem o 25 de abril "porque só assim teria sido possível", considerou. Depois da derrota nas colónias, "aqueles jovens [militares] decidiram que deviam ser eles a derrubar a ditadura".
Marcelo deixou um cumprimeto especial aos Capitães da Abril, evocando depois também várias personalidades de destaque nos anos seguintes, de Ramalho Eanes a António Guterres, passando por Francisco Sá Carneiro, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral, Cavaco Silva, Jorge Sampaio ou Durão Barroso. Vários nomes foram recebidos com ovações de pé.
O Chefe de Estado recordou ainda o período complexo que se seguiu ao 25 de abril, frisando que "muito foi mudando entre 74, 75 e 76" e depois nos anos seguintes, quando Portugal passou de ser uma economia meio colonial para uma economia europeia e viveu vários tempos conturbados.
"Nenhuma outra revolução foi comparável. Nenhum outro império enfretou tantos desafios ao mesmo tempo", considerou. "Foram dez anos agitados. Por isso, é injusto comparar o incomparável".
Mais recentemente, lembrou o Preidente, apareceram novas ideias, novos parceiros, novos partidos, desafios externos a somar aos domésticos, situações que correram bem e outras menos bem.
"Este hemiciclo de escolha popular que temos hoje seria difícil de encontrar a 24 de abril", concluiu, defendendo a democracia e a liberdade em prol da ditadura "para onde não queremos voltar".
Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer que a Revolução que depôs 48 anos de ditadura "parece que foi ontem ou anteontem, mas não foi". É preciso compreender o 25 de abril, frisou o Chefe de Estado, uma data que "uniu mas dividiu".
Foi também a guerra colonial que deu força aos militares para fazerem o 25 de abril "porque só assim teria sido possível", considerou. Depois da derrota nas colónias, "aqueles jovens [militares] decidiram que deviam ser eles a derrubar a ditadura".
Marcelo deixou um cumprimeto especial aos Capitães da Abril, evocando depois também várias personalidades de destaque nos anos seguintes, de Ramalho Eanes a António Guterres, passando por Francisco Sá Carneiro, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral, Cavaco Silva, Jorge Sampaio ou Durão Barroso. Vários nomes foram recebidos com ovações de pé.
O Chefe de Estado recordou ainda o período complexo que se seguiu ao 25 de abril, frisando que "muito foi mudando entre 74, 75 e 76" e depois nos anos seguintes, quando Portugal passou de ser uma economia meio colonial para uma economia europeia e viveu vários tempos conturbados.
"Nenhuma outra revolução foi comparável. Nenhum outro império enfretou tantos desafios ao mesmo tempo", considerou. "Foram dez anos agitados. Por isso, é injusto comparar o incomparável".
Mais recentemente, lembrou o Preidente, apareceram novas ideias, novos parceiros, novos partidos, desafios externos a somar aos domésticos, situações que correram bem e outras menos bem.
"Este hemiciclo de escolha popular que temos hoje seria difícil de encontrar a 24 de abril", concluiu, defendendo a democracia e a liberdade em prol da ditadura "para onde não queremos voltar".