Notícia
Marcelo assume que não gosta da solução nos Açores. "Não é ideal" mas é a "única constitucional"
"Imagino que o Presidente Cavaco Silva, por razões muito diferentes, quando formou o Governo que formou teve de, mas não gostou. É exatamente o que eu penso sobre o que se passou nos Açores", frisou o Presidente da República.
13 de Novembro de 2020 às 15:02
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje que a solução governativa encontrada nos Açores "não é ideal", mas frisou que o Presidente da República não tem de "gostar ou desgostar" daquela que era a "única solução constitucional".
"Para quem como eu tem tido um mandato preocupado em fazer pontes, em reforçar a moderação, o aceitar como boa a alternativa mas evitar a radicalização, é evidente que não é uma solução ideal aquela que significa uma coisa diferente", disse o Presidente da República, quando questionado sobre a solução de governo na região, que integra PSD, CDS e PPM, e que é viabilizada pelo Chega e pela IL no parlamento regional.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas antes de se reunir com empresários do setor do turismo, restauração e hotelaria da região Centro, no Luso, concelho da Mealhada.
O Presidente da República realçou que a solução encontrada "era a única solução constitucional".
"Como única solução foi aquela que o senhor Representante da República acolheu. Gostar de é uma coisa diferente. Nem o Representante da República nem o Presidente da República tinham de gostar ou desgostar", acrescentou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, "uma coisa é ter de se fazer isso, outra coisa é gostar disso".
"Imagino que o Presidente Cavaco Silva, por razões muito diferentes, quando formou o Governo que formou teve de, mas não gostou. É exatamente o que eu penso sobre o que se passou nos Açores", frisou.
O Presidente da República considerou ainda que esta foi uma "opção dos partidos e os partidos quando tomam essas opções têm vantagens e têm riscos e têm preços".
"Na vida, não há só vantagens. Há também preços, quer a nível regional, quer a nível nacional", alertou.
Na resposta aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa salientou ainda que, já depois de o novo presidente do Governo Regional dos Açores ter sido indigitado, teve conhecimento dos acordos de viabilização parlamentar, e não encontrou nos acordos "nada que fosse contra a Constituição".
O Presidente da República destacou ainda o facto de o processo de transição se ter desenrolado de forma "pacífica e civilizada".
O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, foi indigitado no sábado presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino.
O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).
Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta.
"Para quem como eu tem tido um mandato preocupado em fazer pontes, em reforçar a moderação, o aceitar como boa a alternativa mas evitar a radicalização, é evidente que não é uma solução ideal aquela que significa uma coisa diferente", disse o Presidente da República, quando questionado sobre a solução de governo na região, que integra PSD, CDS e PPM, e que é viabilizada pelo Chega e pela IL no parlamento regional.
O Presidente da República realçou que a solução encontrada "era a única solução constitucional".
"Como única solução foi aquela que o senhor Representante da República acolheu. Gostar de é uma coisa diferente. Nem o Representante da República nem o Presidente da República tinham de gostar ou desgostar", acrescentou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, "uma coisa é ter de se fazer isso, outra coisa é gostar disso".
"Imagino que o Presidente Cavaco Silva, por razões muito diferentes, quando formou o Governo que formou teve de, mas não gostou. É exatamente o que eu penso sobre o que se passou nos Açores", frisou.
O Presidente da República considerou ainda que esta foi uma "opção dos partidos e os partidos quando tomam essas opções têm vantagens e têm riscos e têm preços".
"Na vida, não há só vantagens. Há também preços, quer a nível regional, quer a nível nacional", alertou.
Na resposta aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa salientou ainda que, já depois de o novo presidente do Governo Regional dos Açores ter sido indigitado, teve conhecimento dos acordos de viabilização parlamentar, e não encontrou nos acordos "nada que fosse contra a Constituição".
O Presidente da República destacou ainda o facto de o processo de transição se ter desenrolado de forma "pacífica e civilizada".
O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, foi indigitado no sábado presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino.
O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).
Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta.