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Luís Montenegro: "A 'geringonça' ´é uma espécie de tuc-tuc"

Luís Montenegro, que vai deixar a liderança parlamentar do PSD, diz que a solução governativa é auto-limitada. Em entrevista ao Expresso, diz que vai ajudar Passos Coelho "a voltar a ser primeiro-ministro".

Negócios 15 de Julho de 2017 às 10:36
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Luís Montenegro, que vai deixar a liderança da bancada social-democrata, diz que o mais difícil nestes seis anos foi ter de aprovar reduções de salários e pensões, mas diz que foi um momento de emergência. Agora vai cumprir o resto do mandato "e ajudar Passos Coelho a voltar a ser primeiro-ministro", que diz apoiar por convicção e por entender que é o mais bem posicionado para ganhar pela terceira vez as legislativas.

Uma coisa é certa, Luís Montenegro, em entrevista ao Expresso, pedindo que não sejam feitas segundas leituras, diz que sente "que ganhei o direito de poder estar no futuro do PSD".

Quanto ao actual Governo, diz não ter feito qualquer reforma, mas que apenas promoveu medidas financeiras para resultados imediatos - como "não pagar despesa, não fazer investimento ou promover um perdão fiscal", e acusa-o de promover o que diz ser o definhamento dos serviços públicos. 

"Esta solução de Governo é auto-limitada. Os partidos que a apoiam limitam-se reciprocamente nas suas contradições inultrapassáveis. A 'geringonça' é uma espécie de tuc-tuc. É original, até é castiça na relação amor/ódio dos seus líderes, mas tem um problema: como não tem um projecto comum para o país não tem velocidade para andar na auto-estrada. É um tuc-tu. Anda devagarinho e tem vocação para viagens curtas", declara ao Expresso, justificando as sondagens - que dão subida de popularidade do Governo e queda do PSD - com o benefício que o Governo gozou de "expectativas muito baixas", tendo criado "uma atmosfera de pseudo-sucesso que prolongou o seu estado de graça. Mas as coisas estão a mudar", acredita.

Montenegro volta a defender que a sua deslocação a França para assistir a jogos do Euro é diferente das dos secretários de Estado que se demitiram. "Não tenho funções executivas. Não fui convidado nem aceitei viagens de nenhuma empresa. Não devolvi nada, simplesmente paguei o serviço que me foi prestado".

Noutro tema quente do momento, Montenegro diz ter visto o ataque de António Costa à Altice com "surpresa e estranheza. E não foi a primeira vez". 
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