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Jerónimo de Sousa vê Governo "sensível" à precariedade, mas "é preciso agir"
O líder dos comunistas prefere que as propostas do partido não devem ser centradas no Orçamento do Estado para 2017 "mas sim tomadas no quadro da nova correlação de forças existente na Assembleia da República."
O líder comunista declarou este sábado, 3 de Setembro, que o PS e o seu Governo parece "sensível" à questão da precariedade no trabalho, mas apelou à ação, quer no parlamento, mas também no mercado de trabalho, sobretudo, por parte dos jovens.
Na 40.ª Festa do "Avante!", Seixal, Jerónimo de Sousa visitou a exposição sobre o tema dos vínculos frágeis de trabalho, no espaço central do recinto comunista e lamentou o "flagelo social" em que se tornou, atingindo "particularmente a juventude, as gerações mais novas".
"Creio que está sensível (o Governo) para isso, mas é uma matéria em que não bastam as boas palavras. É preciso agir. Com a luta desses trabalhadores atingidos pela precariedade, a ação, a mobilização e intervenção política e sindical e as medidas que nós e outros preconizam, acho que é possível combater esta chaga social", disse o secretário-geral do PCP.
Questionado sobre medidas concretas a serem incluídas no próximo orçamento do Estado, Jerónimo de Sousa sugeriu alternativas, aproveitando a nova maioria de esquerda no hemiciclo de São Bento.
"Eu não centrava tudo no Orçamento do Estado para 2017. Muitas das medidas que podem ser tomadas é no quadro da nova correlação de forças existente na Assembleia da República e na identificação comum em relação ao problema, mas não basta constatar, preocuparmo-nos, é preciso agir, tomar medidas, seja na sede legislativa por excelência (AR), seja pelo Governo que também assumiu este combate", afirmou.