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Jerónimo: Sem PCP, PS nunca adoptaria medidas e avanços conquistados

O líder do PCP avisou que o partido vai continuar a sua intervenção "não iludindo limitações, constrangimentos e contradições" e que "não transigirá perante a política de direita e as opções que lhe dêem corpo, venham de onde vierem".

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 19 de Fevereiro de 2017 às 23:03
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, enalteceu hoje a contribuição decisiva dos comunistas nas conquistas do país com a nova correlação de forças, "medidas e avanços que um governo maioritário do PS nunca adoptou nem adoptaria".

Na declaração após a reunião do comité central do PCP de hoje, Jerónimo de Sousa sublinhou que "o país conheceu nesta nova fase da vida política nacional avanços na defesa, reposição e conquista de direitos" que foram "realizados com a contribuição decisiva da luta dos trabalhadores e do povo e da intervenção do PCP".

"Avanços e conquistas que só se tornaram possíveis numa correlação de forças em que o PS não dispõe de um governo maioritário. Avanços e conquistas que, para além do que o Programa do PS admitia, só se tornaram possíveis pela acção e luta dos trabalhadores e do povo e da contribuição e influência decisivas do PCP. Medidas e avanços que um governo maioritário do PS nunca adoptou nem adoptaria", sublinhou.

O PCP, pela voz do seu líder, avisou que vai continuar a sua intervenção "não iludindo limitações, constrangimentos e contradições" e que "não transigirá perante a política de direita e as opções que lhe dêem corpo, venham de onde vierem".

"Tal como não determinará a sua intervenção a partir de pressões, nem condicionará a sua intervenção e juízo próprio de decisão a manobras de conjuntura", alertou.

Jerónimo de Sousa insistiu que "o reforço da União Europeia e do Euro não trará a solidariedade que nunca existiu" e que, pelo contrário, vai reforçar "a prevalência dos interesses das principais potências da União Europeia, em detrimento dos interesses de Portugal".

O comité central também se debruçou sobre o "início de funções do novo Presidente dos Estados Unidos da América", que "suscita justas inquietações".

"Identificando-se elementos novos nas prioridades, discurso e táctica da política externa da Administração Trump, sublinha-se, contudo, que no essencial esta se desenvolve na continuidade da linha estratégica das anteriores administrações dos EUA, prosseguindo o mesmo objectivo de contrariar o declínio da hegemonia mundial dos Estados Unidos da América", considerou.
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