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Jardim acusa PS e CDS-PP de brincarem às eleições

O presidente do Governo Regional da Madeira acusou hoje o PS e o CDS-PP de brincarem às eleições, considerando ter havido pessoas com a "utopia" de pensar que a classe política se ia entender.

21 de Julho de 2013 às 20:40
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"Houve pessoas que tiveram a utopia de pensar que aquela classe política de Lisboa se ia entender. O problema do país é reduzir Portugal inteiro, as suas regiões autónomas àquela classe política de Lisboa que não presta", afirmou Alberto João Jardim, em Santana.

 

Ao discursar no evento "48 Horas a Bailar - XXIX Festival Regional de Folclore", o chefe do executivo insular, Alberto João Jardim, também líder do PSD/Madeira, sustentou que, "enquanto se estiver a procurar soluções no quadro daquela classe política", o país não vai "a parte nenhuma"

 

"Nós temos de encontrar uma solução, que é resolver esta crise da dívida externa, mas não estar aqui a brincar mais aos partidos, porque o Partido Socialista esteve a inviabilizar isto tudo, como o senhor [Paulo] Portas do CDS foi de uma irresponsabilidade imperdoável - todos eles o que querem é brincar às eleições, todos eles o que querem é brincar aos partidos", declarou Alberto João Jardim

 

Afiançando não estar no cargo para "brincar aos partidos", mas "para servir o povo", Alberto João Jardim continuou: "Era bom que no continente também se habituassem a ter gente ao serviço do país e não ter gente ao serviço dos partidos a querer brincar a eleições e só brincar nos partidos".

 

Para Alberto João Jardim, a solução para ultrapassar a crise política passa por pôr o país sob estado de emergência até Junho de 2014, quando termina a assistência da "troika", reiterando que o chefe de Estado deveria nomear um governo de responsabilidade presidencial, "sem pôr em causa as eleições autárquicas", e determinar um referendo à Constituição.

 

Questionado pelos jornalistas sobre o anúncio do secretário-geral do PS, que na sexta-feira revelou a inexistência do acordo de "salvação nacional", o governante observou: "Estava-se mesmo a ver que não aceitava. Quem olha as propostas do PS que eles próprios tornaram públicas, via-se mesmo que era para não serem aceites, que eram para meter o país noutra derrocada ainda maior, irmos a um segundo resgate e nunca mais se acabar com a austeridade".

 

A crise política arrasta-se há três semanas, depois das demissões do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a 1 de Julho, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia seguinte.

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não aceitou a demissão de Portas - que justificou o pedido por ser contra a escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir Gaspar - e a maioria PSD/CDS-PP apresentou ao Presidente da República e publicamente a 6 de Julho um compromisso até ao final da legislatura, que passaria, nomeadamente, por uma remodelação com Paulo Portas a vice primeiro-ministro.

 

A 10 de Julho, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, fez uma comunicação ao país na qual propôs um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS, que inclui eleições a partir de Junho de 2014.

 

Na sequência desta proposta, os três partidos iniciaram as conversações no passado domingo, que culminaram no anúncio de sexta-feira, por António José Seguro, de que não houve acordo, havendo hoje, pelas 20:30, uma nova comunicação ao país do chefe de Estado.

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