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Governo italiano em risco com saída de duas ministras

Em conferência de imprensa, Renzi declarou que considera um ato de "coragem" retirar-se da coligação numa altura em que o país tem de fazer mais para resolver os problemas da educação e das infraestruturas, bem como do coronavírus.

Lusa EPA
13 de Janeiro de 2021 às 18:25
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Matteo Renzi, ex-primeiro-ministro italiano e líder do Itália Viva, anunciou que as duas ministros do seu partido vão abandonar a coligação governamental, colocando assim o futuro do governo do país em risco, em plena crise pandémica, refere a Bloomberg.

Renzi cumpre assim a ameaça que vinha a fazer há muito tempo, por não concordar com os planos do primeiro-ministro Giuseppe Conte (na foto) sobre como gastar os mais de 200 mil milhões de euros prometidos pela União Europeia para relançar a economia do país, sublinha por seu lado a Reuters.

 

Em conferência de imprensa, Renzi declarou que considera um ato de "coragem" retirar-se da coligação numa altura em que o país tem de fazer mais para resolver os problemas da educação e das infraestruturas, bem como do coronavírus.

 

Aos jornalistas, Renzi disse acreditar que o presidente italiano, Sergio Mattarella, será capaz de gerir o impacto político da sua decisão.

 

"Não estamos a brincar. A democracia não é um ‘reality show’", afirmou.

 

As ministras de saída são Teresa Bellanova, com a pasta da Agricultura, e Elena Bonetti, titular da pasta da Família.

 

O Itália Viva é o mais pequeno dos parceiros na coligação de poder, que conta com o Partido Democrático e o Movimento 5 Estrelas, mas é essencial para o governo ter maioria parlamentar, pelo que qualquer abanão neste momento pode constituir uma ameaça.

 

O ‘timing’ para esta crise dificilmente poderia ser pior, como sublinha a Bloomberg. Itália debate-se com um aumento de casos de covid-19 e com uma recessão, numa altura em que assumiu a presidência do G20.

 

Recorde-se que o Itália Viva é uma dissidência do Partido Democrático, que também dá apoio a Conte.

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