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Geringonça funciona e trava rejeição ao Programa de Estabilidade

Esquerda uniu-se e evitou rejeição aos planos do Governo até 2020. Programa de Estabilidade segue para Bruxelas com o apoio da maioria parlamentar que suporta o Executivo.

Bruno simão
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O Parlamento chumbou esta sexta-feira o projecto de resolução do CDS que rejeitava o Programa de Estabilidade. O objectivo do partido era expor a maioria parlamentar de esquerda, nomeadamente Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, que são contra o documento do Governo. Mas, a esquerda uniu-se: a "geringonça funciona", como diz António Costa.

Ao lado do Governo votaram, além do PS, o Bloco de Esquerda, o PCP e os Verdes. Ao lado do CDS votou o PSD. O PAN absteve-se.    

O CDS tinha começado por propor que fosse o Governo a levar o documento a votos, mas o Executivo recusou. Na quarta-feira, quando o documento foi discutido na Assembleia e depois de declarações dos partidos que apoiam o Governo de descontentamento com o conteúdo do mesmo, ao cair do pano, o CDS mudou de planos e forçou a votação da rejeição do documento.

Um dia antes, Jerónimo de Sousa tinha afirmado que o "PCP não apoia o Programa de Estabilidade". No entanto, perante o novo projecto do CDS tanto o PCP como o BE foram forçados a dizer como votavam. "Uma proposta que associa essa intenção de rejeição do Programa de Estabilidade à recuperação de medidas com que o Governo anterior atingiu os direitos e as condições de vida dos portugueses tem que merecer, como sempre mereceu, o combate e o voto contra do PCP", anunciou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, numa declaração aos jornalistas no Parlamento.

Apesar de ter dito que as regras de Bruxelas pouco interessam ao Bloco de Esquerda, a coordenadora do partido Catarina Martins também disse que não valia a pena criar "problemas" entre a maioria que suporta o Governo, sinalizando logo que o Bloco estaria ao lado do Executivo mesmo que houvesse votação.

A versão final do Programa de Estabilidade foi aprovada quinta-feira pelo Conselho de Ministros, seguindo agora para Bruxelas com o apoio parlamentar da maioria de esquerda.
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